Em mais uma quebra de protocolo, um pet acompanhou o presidente recém-empossado na subida da rampa do Planalto. A cadela chamada Resistência foi guiada por Rosângela da Silva, a Janja, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim da tarde deste domingo, 1º de janeiro, na cerimônia que marca o fim dos ritos de posse. Participaram do ato também o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a vice-primeira-dama, Lu Alckmin, e lideranças de diferentes setores da sociedade. Isso porque nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nem o ex-vice Hamilton Mourão compareceram à cerimônia.
A vira-lata vivia nas ruas de Curitiba, nas proximidades da superintendência da Polícia Federal na capital paraense, onde Lula cumpriu pena entre 2018 e 2019. Resistência Lula da Silva — nome completo do bichinho — apareceu no acampamento de militantes do PT em frente ao prédio prisional e começou a ser cuidada por apoiadores que acamparam por lá até a soltura do petista, após mais de 500 dias.
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Membro da família Silva
Janja explica que o animal, que tem cerca de cinco anos de idade, recebeu esse nome por conta das intenções dos seus primeiros tutores, os apoiadores de Lula na frente da detenção em Curitiba, que ali resistiram pelo que consideravam justo. A adoção começou a ser cogitada pela então namorada de Luiz Inácio durante as visitas ao acampamento Lula Livre. A decisão de adotar a vira-lata foi tomada quando a cadela ficou doente e precisou ser internada em junho de 2018.
"Ela ficou alguns meses na vigília, mas, como fazia muito frio em Curitiba, ela ficou doentinha, e eu falei: 'Vamos lá, Resistência, você vai pra minha casa'. Contei isso por carta pra ele: 'Olha só, temos uma filha nova'. E aí o pessoal da vigília sempre falou: 'A Resistência vai subir ainda a rampa do Planalto'", contou a primeira-dama ao Fantástico, da TV Globo, em novembro.
Janja assumiu a responsabilidade pelo animal e colocou as vacinas de Resistência em dia, criando uma rotina de banhos em pet shop, que inclui enfeites em formatos de estrela. Com bom humor, a primeira-dama brinca que até os funcionários da clínica veterinária já sabiam que animal era petista.
Já a história de Lula e Resistência começou com a liberdade do petista, em 2019. Lula deixou Curitiba e se mudou para São Bernardo do Campo, para onde a cadela seguiu. Em abril de 2021, foi apresentada nas redes sociais do presidente como “parte da família”. Durante a campanha presidencial, Resistência também teve seu lugar de destaque: participou de eventos sobre Direitos Animais do PT, ao lado de celebridades como a ativista Luisa Mell e a chef e apresentadora Bela Gil.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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