A beata Albertina Berkenbrock pode ser canonizada em 2023 e se tornar a primeira santa nascida em Santa Catarina. Os trâmites realizado junto ao Vaticano esperam pela comprovação de um milagre atribuído à menina para prosseguirem. A jovem foi assassinada ainda adolescente, na década de 1930, ao resistir a uma tentativa de estupro, tendo ganhado fama de milagreira depois.
Segundo Dom Jacinto Bergmann, bispo da diocese de Tubarão, em SC, "Albertina foi uma menina que ousou ser santa”. A frase foi dita na cerimônia de beatificação da garota.
Albertina vinha de uma família tradicionalmente cristã e tem sua morte contada de forma heroica. Aos 12 anos, em 1931, ela tentou resistir a um estupro e morreu degolada por um punhal, por um empregado da família. Para fiés católicos, Albertina foi assassinada porque quis "preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher por causa da fé e da fidelidade a Deus".
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Milagres
Porém, para que a menina seja considerada uma santa, são necessários testemunhos de milagres comprovados por meio de Albertina. Segundo o Vaticano são necessárias quatro exigências quanto à veracidade de uma graça, até ser considerado milagre: ser preternatural (a ciência não consegue explicar), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito.
Segundo o padre Sérgio Jeremias de Souza, que acompanha o processo de canonização de Albertina, ela não necessitou de um primeiro milagre para ser beatificada porque foi considerada mártir. Um mártir para a Igreja Católica é alguém que derrama o próprio sangue em nome de um valor do Evangelho, neste caso a castidade.
Em 19 de maio de 2002, Madre Paulina foi canonizada pelo Papa João Paulo II, se tornando a primeira santa brasileira. Recebeu o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Ela morou em Santa Catarina, mas nasceu na Itália. Sendo assim, Albertina Berkenbrock seria a primeira santa nascida no estado. Já irmã Dulce foi a brasileira que teve milagres reconhecidos.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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Para fiés católicos, Albertina foi assassinada porque quis "preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher por causa da fé e da fidelidade a Deus".