Com a suspensão da greve dos aeronautas, neste domingo (25/12), a movimentação nos aeroportos do Brasil segue em estado de normalidade. A direção do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) confirma que não houve nenhuma informação sobre atraso, paralisação ou manifestação após o anúncio da suspensão temporária da greve — que seguiu durante a última semana.
“Estabelecemos um modelo que minimizasse os impactos para aqueles que não eram nosso alvo nesse movimento. Acredito que conseguimos nesse sentido, criar um baque maior para as companhias, sem trazer transtornos absolutos aos usuários e demais profissionais da aviação — aeroviários e aeroportuários”, explicou Carlos Eduardo Monteiro, diretor da SNA.
Os associados votam pela manutenção ou não da greve até às 12h30 deste domingo. A proposta analisada é que as empresas mantenham os valores de reajuste de reposição integral da inflação medida pelo INPC e mais 1% de ganho real.
“O setor de aviação constitui algo como um sistema de engrenagens bastante complexo, se uma peça para ou funciona de maneira reduzida, as demais sentem os impactos. Ninguém gosta de ver aviões parados e caos, pilotos e comissários amam o que fazem, porém a situação chegou ao seu limite pela sensação de desrespeito por práticas das empresas, em aspectos econômicos e sociais. O balanço dos cinco dias de greve mostrou que a categoria consegue manter um movimento consistente”, ponderou Monteiro.
A greve tem impactado os aeroportos de Confins (Grande BH), Congonhas (São Paulo-SP), Guarulhos (SP); Galeão e Santos Dumont (ambos no Rio de Janeiro-RJ); Viracopos, em Campinas (SP); e nos aeroportos de Porto Alegre (RS), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).
A empresa Inframérica, responsável pelo Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek, confirmou que não há nenhum movimento de greve nos terminais e as operações acontecem normalmente.
A previsão para os 19 aeroportos da Rede Infraero é de que os voos comerciais regulares recebam por volta de 2,5 milhões de passageiros entre os dias 16 de dezembro de 2022 e 2 de janeiro de 2023. Isso significa um movimento 45% maior que no ano passado.
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