Na última sexta-feira (16/12), Beatriz Ascari estava em um ponto de ônibus quando encontrou uma bolsa com R$ 7 mil em espécie dentro. Após a tentativa sem sucesso de encontrar o dono, a mulher deixou a bolsa com a polícia.
A atitude de Beatriz fez com que o dono, que preferiu não ser identificado, recuperasse a bolsa que havia esquecido na calçada do mesmo ponto de ônibus que a jovem estava. A quantia era referente ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que recebeu após ser demitido do trabalho.
Após achar a bolsa, no cruzamento entre as ruas General Osório e Cerqueira César, no Centro de São Paulo, Beatriz tentou localizar o dono, mas não conseguiu. No sábado (17/12), ela decidiu que seria melhor entregar os objetos para a polícia.
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Em entrevista ao portal G1, a jovem informou que "era uma quantia muito alta. Para não acontecer algo, achei melhor deixar na delegacia. Isso devia ser algo natural das pessoas". Apesar disso, ela não imaginava que o dono iria procurar a polícia para registrar um boletim de ocorrência.
O homem, que preferiu não ser identificado, encontrou os pertences por uma coincidência, enquanto ouvia uma conversa entre policiais. Ele deu falta da bolsa apenas quando chegou em casa, quando se lembrou que havia deixado o objeto enquanto esperava o ônibus.
“Foi impressionante, (estou) muito surpreso e feliz. O dinheiro é para viajar, ver meus filhos em São Paulo, pagar contas”, contou.
O Código Penal prevê pena de até um ano de detenção e multa para aqueles que se apropriam de bem perdido ou esquecido pelo dono, devendo devolver ou entregar às autoridades no prazo de 15 dias. O crime se configura como apropriação de coisa achada.
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Exemplo de honestidade
Beatriz, que completa 20 anos nesta terça, trabalha como atendente em um shopping localizado na região central da cidade. Ela conta que percebeu a bolsa ao avistar três caixas de incenso que estavam ao lado, por volta das 22h de sexta.
"Peguei as caixas e a bolsa. Abri, vi que tinham os documentos e o dinheiro, além do celular. A gente tentou falar com o pessoal que ligou e que os números estavam aparecendo na tela, mas não conseguimos entrar em contato", relembra Beatriz.
Na tentativa de devolver o objeto, ela chegou a visitar endereços de estabelecimentos que constavam na Carteira de Trabalho do homem. Como não conseguiu localizar, ela decidiu passar na delegacia.
A jovem lembra que já passou por uma situação parecida há alguns anos atrás, quando perdeu o cartão de ônibus e uma mulher devolveu. "Minha mãe disse que sempre que eu achasse alguma coisa, devolvesse. O retorno são coisas boas para a vida. Tento tirar experiência dessas situações", finaliza.
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