Transição

Brasil deve R$ 5 bi para a ONU e outras entidades internacionais, diz Transição

Transição aponta que governo brasileiro está inadimplente com compromissos com entidades multilaterais como a ONU, OMC, OIT e outras

Na tarde desta terça-feira (6/12), o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador dos grupos técnicos (GTs) da transição ao governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou que o Brasil está inadimplente em R$ 5 bilhões em compromissos com entidades internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), Tribunal Penal Internacional, entre outros órgãos do multilateralismo internacional.

Na entrevista coletiva que ocorreu na sede do gabinete de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o GT de Planejamento, Orçamento e Gestão apontou que essas dívidas podem levar o país a ser sancionado nesses órgãos. Segundo o economista e integrante do GT, Antonio Corrêa de Lacerda, o débito do Estado brasileiro inclui até pequenos valores com entidades multilaterais que tratam do meio ambiente e que isso é grave para a política do novo governo eleito que ainda não conseguiu totalizar esse valores. “O grupo está levantando todo esse passivo, de forma a orientar o novo governo. A participação do Brasil nesses órgãos internacionais é muito importante”, disse o economista.

Mercadante apontou que os GT a cada dia estão descobrindo uma verdadeira destruição no orçamento brasileiro. “Cada dia que a gente vem aqui a gente vai mostrando como o governo atual destruiu o orçamento”, diz o ex-ministro, que apontou que o novo governo tem preocupação que as dívidas façam o país sofrer algum tipo de punição ao país nos fóruns multilaterais.

Mas a equipe de transição aponta que não há possibilidade de incluir mais esses R$ 5 bi no orçamento de 2023. “Não acreditamos que podemos pagar esse passivo todo no primeiro ano”, apontou Mercadante que espera pagar os valores atrasados e parcelar o passivo.


Para a economista integrante do GT, Esther Dweck, o grupo não sabe que o passivo já é de anos, mas não conseguiu identificar se ele se deu todo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

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