O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste sábado, 31, a morte do papa emérito Bento XVI. Nas redes sociais, disse que recebeu a notícia com tristeza, desejou conforto aos fiéis e relembrou encontros com o pontífice, que visitou o Brasil em 2007.
"Recebi com tristeza a notícia da morte do papa emérito Bento XVI. Tivemos a oportunidade de conversar na sua vinda ao Brasil, em 2007, e no Vaticano, sobre seu compromisso com a fé e ensinamentos cristãos. Desejo conforto aos fiéis e admiradores do Santo Padre", escreveu em postagem, na qual reúne três fotografias ao lado do papa emérito.
Em rede social, o presidente Jair Bolsonaro (PL) também lamentou a morte do pontífice e destacou as características conservadoras do religioso. Segundo ele, o papa emérito deixa "um legado imenso para a Igreja Católica, para todos os cristãos e para a humanidade".
O Governo Federal, em nome da Presidência da República, também prestou condolências em comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação. "Homem de muita fé e grande devoto do Santo Rosário de Maria, Bento XVI sempre viveu, e convidou o povo católico a viver, essa devoção de oração nos momentos de dificuldade, como os que o mundo tem vivido nos últimos tempos".
Durante o papado, Bento XVI viajou ao Brasil em 2007. Na ocasião, passou pela cidade de São Paulo e pelo Vale do Paraíba, em Guaratinguetá e Aparecida do Norte. A visita ficou marcada pela canonização de Frei Galvão.
Arcebispo metropolitano de São Paulo e nome cogitado no conclave que elegeu Bento XVI, o cardeal D. Odilo Scherer também prestou homenagens. Ele presidirá uma missa em sufrágio ao papa emérito às 12 horas deste sábado, na Catedral da Sé.
"Foi um homem simples, humilde, sensível e até tímido, muito atencioso e fino no trato com as pessoas. Foi um intelectual e teólogo de grande profundidade, e seus escritos e homilias certamente serão uma referência para a Igreja também no futuro. Como poucos, ele compreendeu os problemas do nosso tempo e deu indicações essenciais para a vida e a missão da Igreja", disse em comunicado.
O papa emérito morreu às 9h34, em horário local e, segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, deixou como último pedido que o funeral fosse "o mais simples possível; solene, mas sóbrio. "Não é um momento para muitas palavras, mas sim de dor", acrescentou.
O velório do papa emérito Bento XVI será realizado a partir desta segunda-feira, 2, no Vaticano. O papa Francisco presidirá os ritos de despedida do funeral, a partir das 9 horas, em horário local, da quinta-feira, 5. "O corpo do papa emérito estará na Basílica de São Pedro, para a despedida dos fiéis", informou a Santa Sé.
O porta-voz afirmou que Bento XVI recebeu a extrema unção na quarta-feira, 28, após seu estado de saúde se agravar. No momento do falecimento, estava acompanhado do seu secretário, o monsenhor George Ganswein, e das quatro leigas do instituto Memores Domini, que o acompanhavam desde a renúncia.
Líderes mundiais lamentam morte de Bento XVI
Presidentes, primeiros-ministros e lideranças mundiais em geral lamentaram a morte do papa emérito. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o país "está de luto" por Bento XVI, cuja "doçura e sabedoria beneficiariam" a "toda a comunidade internacional". "Com dedicação, seguiu servindo à causa da Igreja em seu encargo sem precedentes de papa emérito, com humildade e serenidade."
O presidente da França, Emmanuel Macron, homenageou o pontífice nas redes sociais. "O meu pensamento dirige-se aos católicos de França e do mundo inteiro, enlutados pela partida de sua santidade Bento XVI, que trabalhou com alma e inteligência por um mundo mais fraterno."
Outro presidente a prestar homenagens a Bento XVI foi o da Espanha, Pedro Sánchez, que descreveu o papa emérito como "um grande teólogo", "dedicado ao serviço dos outros". Em rede social, expressou as "mais profundas condolências à Igreja Católica".
As autoridades de Portugal também se manifestaram. O presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, descreveu Bento XVI como "um símbolo de estabilidade e defesa dos valores da Igreja Católica: amor ao próximo, solidariedade e apoio aos mais pobres e vulneráveis, e a importância do perdão e da reconciliação".
Já o primeiro-ministro português, António Costa, comentou que o "trabalho e dedicação (do pontífice) permanecerão uma referência para os fiéis de todo o mundo".
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também expressou condolências ao Vaticano. "Bento XVI foi um destacado religioso e estadista, um acérrimo defensor dos valores cristãos tradicionais", afirmou em um telegrama enviado ao papa Francisco e divulgado pela presidência russa.
Por sua vez, Kirill, o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, destacou "o prestígio inquestionável de Bento XVI como teólogo destacado", que promoveu "o desenvolvimento da cooperação intercristã" e "a defesa dos valores morais tradicionais".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também se manifestou. "Ele havia dado um sinal forte com sua renúncia. Ele se viu primeiro como um servo de Deus e de sua Igreja. Uma vez que sua força física diminuiu, continuou a servir por meio do poder de suas orações", disse em rede social.
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