O de 2022 foi marcado por grandes acontecimentos no Brasil e no mundo. Dentre os momentos mais marcantes, estão o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Copa do Mundo no Catar, as eleições presidenciais no Brasil e eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. Além disso, foi um ano com mortes que comoveram o planeta, como a da Rainha Elizabeth II, do maior jogador de futebol de todos os tempos, o Rei Pelé, e de grandes perdas para a política e a cultura nacional e internacional.
No Brasil, olhando em retrospecto, o primeiro mês do ano poderia ser um prenúncio do que viria pela frente. Na segunda quinzena de janeiro, o país chorou a morte de um dos maiores nomes da música brasileira, a cantora Elza Soares. Nos meses seguintes, a população mundial viu partir nomes importantes para os mais variados setores da sociedade, desde cientistas renomados como Luc Montagnier; músicos como Taylor Hawkins; estrelas do cinema, atrizes e atores brasileiros; o apresentador Jô Soares; até cantores como Erasmo Carlos.
Faltando praticamente dois dias para o ano acabar, outra notícia abalou o planeta: Pelé, o Rei do futebol, morreu aos 82 anos. Com 2023 chegando, é o momento de relembrar esses acontecimentos que balançaram o globo. Por isso, o Correio reuniu, nesta retrospectiva, as principais personalidades que nos deixaram em 2022. Veja:
Elza Soares
Elza Soares foi uma das primeiras mortes marcantes do ano, que comoveu o Brasil. A cantora morreu aos 91 anos de idade, em 20 de janeiro. Ela estava em casa, no Rio de Janeiro e, de acordo com a assessoria de imprensa da artista, a morte foi “por causas naturais”.
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Com sete décadas de carreira, Elza tornou-se uma das maiores artistas da música nacional. Em 1999, a rádio BBC, do Reino Unido, a elegeu como a cantora brasileira do milênio.
Em 2015, aos 85 anos de idade, Elza chegou ao ápice artístico ao lançar o disco A Mulher do Fim do Mundo — 34º trabalho da carreira, mas o primeiro formado exclusivamente de faixas inéditas. O álbum foi eleito o décimo melhor do ano pelo jornal americano The New York Times, ficando na lista ao lado de ícones como Beyoncé e David Bowie.
Com o disco, Elza ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. Durante toda a carreira, Elza usou as cordas vocais para cantar a realidade não só das mulheres, mas da população negra.
Olavo de Carvalho
O escritor Olavo de Carvalho morreu, aos 74 anos, em 24 de janeiro. De acordo com o comunicado da família, divulgado no dia da morte, Olavo estava internado em um hospital na região de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi revelada, mas Olavo havia sido diagnosticado com covid-19 poucos dias antes de morrer.
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Autoproclamado filósofo, o escritor não gostava do título de guru, apesar de ter sido assim que ficou conhecido depois da ascensão do bolsonarismo. Olavo de Carvalho não teve carreira acadêmica formal, mas se dedicou aos estudos de forma autoditada e passou a ensinar filosofia de forma acadêmica. Ficou conhecido a partir da década de 1980, quando passou a escrever para jornais como Folha de S.Paulo e O Globo. Foi astrólogo e ministrou cursos de filosofia, política e esoterismo.
Olavo de Carvalho ficou conhecido por ser anticomunista e pela recusa ao que chamava de politicamente correto, e é apontado como responsável pelo nascimento da nova direita brasileira. Com o “nascimento” do bolsonarismo, o escritor foi apontado como guru de Jair Bolsonaro pela forte ligação com o presidente da República.
Luc Montagnier
Luc Montagnier, Prêmio Nobel de medicina pela descoberta do vírus da aids, morreu em 8 de fevereiro, aos 89 anos, em um hospital em Neuilly-sur-Seine, perto de Paris, na França. O pesquisador francês foi premiado em 2008 pela identificação do vírus da imunodeficiência humana (HIV), em 1983, junto com seus colegas Françoise Barré-Sinoussi e Jean-Claude Chermann.
Montagnier fez a descoberta chave sobre o HIV quando os casos de aids começaram a disparar e as pessoas infectadas tinham poucas chances de sobrevivência. Os achados do pesquisador estabeleceram as bases para os tratamentos contra a doença, lançados 15 anos depois, que permitiriam que os portadores do HIV levassem vidas quase normais.
No entanto, sua imagem foi manchada nos últimos anos após alegações que geraram grande polêmica e o levaram a ser rejeitado por seus pares. Desde 2017, ele fez várias declarações contra vacinas e mais recentemente reapareceu falando sobre a covid-19. Suas opiniões foram refutadas pela comunidade científica, mas ganharam a simpatia dos movimentos antivacinas.
Arnaldo Jabor
O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, morreu em 15 de fevereiro, aos 81 anos, em São Paulo. Ele estava internado desde dezembro de 2021 no Hospital Sírio-Libanês, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Arnaldo Jabor começou como cineasta na década de 1960. Antes disso, já tinha trabalhado como técnico de som. Jabor se desenvolveu no movimento do Cinema Novo, que tinha como objetivo criticar as desigualdades no país. Ao longo da carreira, ele dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários.
Em 1978, ganhou o prêmio Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por Tudo Bem. O cineasta ainda ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por Toda Nudez Será Castigada (1973) e o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por O Casamento (1975).
A partir de 1991, Jabor começou a escrever crônicas para jornais e fazer comentários políticos na televisão e na rádio. Foi a partir dessa época que o cineasta se tornou mais conhecido. Desde então, escreveu oito livros.
Paulinha Abelha
Após mais de 10 dias internada por complicações renais, morreu, em 23 de fevereiro, a cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta. A artista, que estava com 43 anos, não resistiu a uma infecção neurológica que adquiriu cerca de 10 dias antes da morte e que a deixou em coma por uma semana. Todo esse quadro evoluiu para um comprometimento multissistêmico, sendo essa a causa da morte.
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Paula de Menezes Nascimento Leça Viana nasceu em Simão Dias, em Sergipe, em 16 de agosto de 1978. Doze anos depois, ela já integrava o rol de artistas locais que cantavam festas tradicionais das cidades do interior sergipano, em cima de trios elétricos. Logo depois, quis investir no sonho de levar o forró para todos os cantos.
Por cerca de 10 anos, tentou construir carreira criando a própria banda, Flor de Mel, que acabou não prosperando. Paulinha integrou ainda outras bandas de forró, mas foi no final dos anos 1990, quando foi descoberta pelo empresário e diretor da Calcinha Preta, Gilton Andrade, que ela alcançou reconhecimento expressivo.
Foi a voz de Paula que eternizou 22 álbuns e três DVDs, com sucessos como Você não vale nada, Como vou deixar você, A dona do barraco e Louca por ti. Admirada e carinhosa com os fãs, Paulinha ganhou uma música da banda em homenagem a ela em 2007, inspirada em uma carta de um fã.
Taylor Hawkins
Aos 50 anos, o baterista Taylor Hawkins, conhecido por integrar o grupo de rock Foo Fighters, foi encontrado morto em um hotel na Colômbia, em 26 de março, dois dias antes de show da banda no festival Lollapalooza. Horas após ser achado, a polícia colombiana divulgou informações do exame de urina feito no corpo do astro que apontou uso de pelo menos 10 substâncias químicas antes da morte. Maconha, antidepressivos e opioides foram algumas das substâncias encontradas no exame toxicológico.
Hawkins tocou com o Foo Fighters por mais de duas décadas. O baterista nasceu no Texas em fevereiro de 1972 e cresceu em Laguna Beach, Califórnia, onde começou a estudar música de conservatório. Embora sua especialidade fosse bateria, ele também tocava piano e violão.
Ao longo da carreira no Foo Fighters, Taylor também participou de outros projetos independentes. Entre eles estão o Taylor Hawkins and the Coattail Riders, no qual tocava bateria e cantava, e sua banda de covers, a Chevy Metal. Atualmente, ele ainda formava o NHC, uma superbanda que teve início durante a pandemia, com Dave Navarro e Chris Chaney, do Jane's Addiction.
Em 2021, Hawkins e seus companheiros de Foo Fighters foram incluídos ao Hall da Fama do Rock and Roll.
Tom Parker
O cantor Tom Parker, integrante do grupo britânico The Wanted, morreu em 30 de março. O artista lutava contra um câncer cerebral raro.
The Wanted foi criada em Londres, em 2010. Formada por Max George, Siva Kaneswaran, Jay McGuiness, Nathan Sykes e Tom Parker, a boy band lançou, naquele ano, o álbum homônimo de estreia e chegou ao quarto lugar nas paradas do Reino Unido. Em 2012, a banda estourou mundialmente com o hit Glad you came.
Rincón
Ídolo do Corinthians, o jogador de futebol Freddy Rincón morreu aos 55 anos, em 14 de abril. A causa da morte foram complicações decorrentes de um violento acidente de carro que o craque sofreu, em Cali, na Colômbia, cerca de três dias antes de morrer.
Rincón fez carreira jogando no Brasil e na Europa. O colombiano jogou pelo Palmeiras, no Napoli, no Real Madrid, Santos, Cruzeiro e no Corinthians, onde foi bicampeão brasileiro e conquistou o título no Mundial de Clubes. Pela seleção da Colômbia, Rincón não conquistou títulos, mas participou das Copas do Mundo nos anos de 1990, 1994 e 1998.
Milton Gonçalves
O ator Milton Gonçalves morreu no Rio de Janeiro, em 30 de maio, aos 88 anos, em decorrência de complicações na saúde enfrentadas por ele desde que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), em 2020.
Milton Gonçalves nasceu em 9 de dezembro de 1933, em Monte Santo, em Minas Gerais. O ator estreou na TV Globo antes mesmo da inauguração da emissora, em 1965. Lá, ele fez mais de 40 novelas, atuou em programas humorísticos e minisséries de sucesso, como as primeiras versões de Irmãos Coragem (1970), A grande família (1972) e Escrava Isaura (1976).
O artista foi indicado ao prêmio de melhor ator no Emmy Internacional pelo atuação como Pai José na segunda versão da novela Sinhá Moça (2006). Ele foi o primeiro brasileiro a apresentar a premiação. Ao lado da atriz norte-americana Susan Sarandon, ele anunciou o prêmio de Melhor Programa Infanto-juvenil. A última participação em novela de Milton Gonçalves foi em O Tempo Não Para (2018), interpretando o catador de material reciclável Eliseu.
Ilka Soares
Em 18 de junho morreu a atriz Ilka Soares. Ela tinha 89 anos e estava internada há 10 dias na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde tratava um câncer no pulmão. A artista tinha 72 anos de carreira com atuações em filmes, novelas e teatro. Além dos trabalhos como atriz, Ilka ainda foi apresentadora.
Ilka nasceu em 21 de junho de 1932, no Rio de Janeiro, e morreu dois dias antes de completar 90 anos. A carreira da atriz começou em 1949, quando estreou no cinema em Iracema. Na televisão, Ilka fez estreia em 1953 nas esquetes da TV Record. Nas novelas da TV Globo, quando ganhou fama nacional, estreou em 1971 em O Cafona.
Durante a carreira na teledramaturgia da Globo, Ilka participou de produções conhecidas, como Anjo Mau, Rainha da Sucata, Barriga de Aluguel e Pecado Capital.
Marilu Bueno
A atriz Marilu Bueno, 82 anos, morreu em 22 de junho, no Rio de Janeiro. Ela estava internada no hospital municipal Miguel Couto, no Leblon, desde 2 de junho, após uma complicação em uma cirurgia no abdômen.
Com mais de 50 anos de trabalhos na televisão, ela atuou em novelas da Rede Globo, como Guerra dos sexos (1983), Kubanacan (2003), Alto astral (2014) e Êta mundo bom (2016). Marilu também participou de programas de sucesso do canal, como a Escolinha do Professor Raimundo, Sítio do Picapau Amarelo e A Grande Família.
Sergio Paulo Rouanet
Morreu, aos 88 anos, em 3 de julho, o diplomata e ex-ministro da Cultura Sergio Paulo Rouanet, autor da Lei de Incentivos fiscais à Cultura no Brasil quando ministro da pasta no governo Collor. Ele faleceu no Rio de Janeiro vítima do avanço da doença de Parkinson.
Rouanet também foi filósofo, professor universitário, tradutor, ensaísta brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras desde 1992. Ele criou, em 1991, a Lei Rouanet, amplamente conhecida no país por financiar artistas independentes e a cultura.
Além disso, Rouanet tinha uma extensa produção ensaística e filosófica, e tornou-se um dos principais estudiosos sobre o Iluminismo no país. Ele também se destaca por ser o tradutor, no Brasil, do filósofo alemão Walter Benjamin. Por causa disso, recebeu a Medalha Goethe pela contribuição à difusão da cultura alemã pelo mundo.
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Shinzo Abe
O ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, morreu em 8 de julho, aos 67 anos. O premiê foi alvo de um atentado e morreu atingido por um tiro no peito enquanto discursava na cidade de Nara. Abe foi o chefe de Governo do Japão que permaneceu mais tempo no cargo e uma das figuras mais famosas do país, recordado por cultivar alianças internacionais e por sua estratégia econômica, que recebeu o nome "Abenomics".
Ele renunciou em 2020 por um problema de saúde recorrente, mas continuou como uma importante figura pública e fazia campanha pelo partido do governo quando um homem armado o matou.
Nichelle Nichols
A atriz Nichelle Nichols morreu, aos 89 anos, em 31 de julho, por causas naturais. Ela era uma das mais queridas intérpretes da tenente Nyota Uhura, na versão original de Star Trek, série conhecida no Brasil como Jornada nas Estrelas.
Por décadas, Nichelle Nichols viveu a personagem Uhura, fundamental para as aventuras estelares de personagens como Capitão Kirk (William Shatner), Doutor Spock (Leonard Nimoy) e Sulu (George Takei). Por três temporadas, entre os anos de 1966 e 1969, Nichelle foi identificada pela personagem que repetiu ainda em seis longas-metragens realizados entre 1979 e 1991.
Além disso, a atriz marcou época, ao lado de William Shatner, pela quebra de barreiras na televisão norte-americana, ao protagonizar o primeiro beijo inter-racial de uma série televisiva, isso antes dos libertários anos 1970.
Jô Soares
5 de agosto ficou registrado na memória dos brasileiros por uma das mortes que mais comoveram o país. Neste dia, o ator, humorista, jornalista e escritor Jô Soares morreu aos 84 anos. Ele estava internado para tratar uma pneumonia e, de acordo com o laudo do óbito, as causas da morte foram insuficiência renal e cardíaca, estenose aórtica e fibrilação atrial, um quadro ligado também à sua obesidade.
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Jô ficou conhecido por sempre carregar o humor em suas atividades artísticas. José Eugênio Soares, o Jô Soares, nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro. No início da carreira, fez filmes musicais como De pernas pro ar (1956). Em 1958, estreou na TV no programa Noite de Gala, exibido pela TV Rio.
Jô também teve passagem pela TV Tupi e pela TV Record. Um dos grandes destaques na época foi A Família Trapo, exibido entre 1967 e 1971, em que ele escrevia o roteiro e tinha um personagem. Na TV Globo, estreou em 1970 com o programa Faça humor, não faça guerra.
Depois de 17 anos na emissora, ele migrou para o SBT, onde comandou o talk show Jô Soares onze e meia, por 11 anos. Após esse período, ele retornou para a TV Globo, onde comandou o Programa do Jô, durante 25 anos. O talk show foi exibido entre 2000 e 2016 e ficou conhecido pelas entrevistas descontraídas com personalidades nacionais e internacionais. Jô também escreveu para jornais e revistas e é autor de cinco livros.
Leandro Lo
A morte do multicampeão mundial de jiu-jítsu Leandro Pereira do Nascimento Lo, 33 anos, foi uma das que mais chocou o universo dos famosos e dos esportes em 2022. O lutador morreu em 7 de agosto após levar um tiro em uma festa no Clube Sírio, no bairro de Indianópolis, na Zona Sul de São Paulo.
Leandro Lo foi baleado na cabeça após uma briga durante o show de pagode do grupo Pixote, após se envolver em uma discussão e, para tentar acalmar a confusão, imobilizar com um golpe de jiu-jítsu o homem que, depois, efetuou os disparos. Depois de balear o atleta, o autor, que é um Policial Militar, ainda deu dois chutes em Leandro e fugiu em seguida.
Leandro Lo foi oito vezes campeão mundial de jiu-jítsu. A última vitória foi na categoria meio-pesado, em 2022. O primeiro título foi em 2012, na categoria peso leve. Além disso, o lutador conquistou outros oito títulos no Pan-Americano e Campeonato Brasileiro.
Olivia Newton-John
Morreu, em 8 de agosto, a cantora e atriz Olivia Newton-John. Ela travava uma luta de cerca de 30 anos contra o câncer de mama. Renomada internacionalmente por filmes como Grease e Xanudu, Olivia teve a morte anunciada pelo seu marido, John Easterling.
Newton-John alcançou sucesso comercial nos anos 1970 como cantora country e vendeu milhões de discos. Mas foi seu papel como Sandy na adaptação cinematográfica de Grease que a lançou para a fama mundial. Depois de ser diagnosticada com câncer de mama no início dos anos 1990, Newton-John se dedicou a angariar publicamente apoio às pesquisas sobre o câncer. Seus esforços foram reconhecidos pela rainha Elizabeth, que a nomeou com o título de Dama na lista de honrarias de ano-novo de 2020.
Claudia Jimenez
A atriz e humorista Claudia Jimenez morreu na manhã de 20 de agosto, após meses internada por problemas de saúde que não foram divulgados. Ao longo da trajetória artística, Claudia interpretou personagens icônicos da TV, como Dona Cacilda na Escolinha do Professor Raimundo e Edileuza em Sai de baixo.
Claudia nasceu em 18 de novembro de 1958, no Rio de Janeiro. Em 1978, estreou no teatro profissional. Já no início da década de 1980, ela participou do elenco do programa Os Trapalhões. Em 1990 atuou como Cacilda na Escolinha do Professor Raimundo.
A atriz também fez carreira no cinema, estreando em 1983 como Dona Olga em Gabriela. Em 1991, a atriz venceu o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília com O corpo, e de melhor atriz comediante no Troféu APCA. Já em 2006, ela foi dubladora da mamute Ellie, no filme A Era do Gelo 2.
Mikhail Gorbachev
Mikhail Gorbachev, ex-presidente da antiga União Soviética, morreu em 30 de agosto, aos 91 anos, no Hospital Clínico Central, em Moscou. De acordo com a agência de notícias russa Tass, o ex-líder soviético morreu "após uma doença grave e prolongada".
Gorbachev comandou o Partido Comunista da União Soviética entre 1985 e 1991 e implantou políticas que contribuíram para a flexibilização do regime, como a glasnost ("abertura"), que deu espaço para a liberdade de expressão e de imprensa, e a perestroika ("reestruturação"), um conjunto de medidas que descentralizou a economia e melhorou a eficiência.
O ex-líder soviético também foi determinante para a queda da Cortina de Ferro, a divisão entre territórios capitalista e socialista, surgido após o fim da Segunda Guerra Mundial.
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Rainha Elizabeth II
A rainha Elizabeth II, do Reino Unido, morreu em 8 de setembro, aos 96 anos. A morte da monarca, segundo informações divulgadas pelo Palácio de Buckingham na época, se deu por conta de uma piora geral no quadro de saúde. Elizabeth Alexandra Mary nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926, e ficou à frente do trono britânico por 70 anos, sendo a mulher que reinou por mais tempo um país.
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A morte da rainha comoveu o Reino Unido e as pessoas ao redor do globo, que simpatizavam com a monarquia britânica por conta da postura adotada por Elizabeth ao longo do reinado. O funeral da monarca durou 11 dias e, em 19 de setembro, ela foi sepultada dentro da capela do Castelo de Windsor, ao lado dos pais, da irmã, e do marido, Philip. O enterro reuniu dois mil súditos e centenas de chefes de Estado e dignitários na Abadia de Westminster.
Loretta Lynn
A cantora Loretta Lynn, lenda da música country dos Estados Unidos, morreu em 4 de outubro, aos 90 anos, em Hurricane Mills, Tennessee, Estados Unidos.
Nascida em Kentucky, Loretta foi uma das primeiras mulheres a subir ao topo do country norte-americano nas décadas de 1960 e 1970, falando mais abertamente do que nunca em suas letras sobre sexualidade e a vida íntima das mulheres de seu tempo. Ao longo dos mais de 60 anos de carreira, a cantora recebeu diversos prêmios e honras, por seu papel na música country.
Robbie Coltrane
O ator famoso por papel na saga Harry Potter morreu em 14 de outubro, aos 72 anos. Robbie Coltrane, intérprete do personagem Rubeus Hagrid, convivia com diversos problemas de saúde há dois anos e morreu em um hospital perto de sua casa em Larbert, na Escócia.
Para além das oito aparições em Harry Potter, Coltrane alternou as participações como o bruxo agigantado, em diversas produções paralelas ao cinema. Ele atuou na saga de 007, em fitas como Goldeneye, e venceu o cobiçado prêmio Bafta, por três vezes consecutivas, em meados dos anos de 1990, pela série Cracker, na qual viveu o forense Dr. Edward Fritz Fitzgerald.
No ramo da comédia, Coltrane se destacou no longa Freiras em fuga (1990), isso depois de ter estado na aventura algo trash Flash Gordon e, praticamente, ter estreado em cinema pelas mãos do cultuado Bertrand Tavenier, que comandou A morte ao vivo (1980). Popular em filmes como Doze homens e outro segredo (2004), o ator alternou dramas na carreira, entre os quais Mona Lisa, longa assinado por Neil Jordan em 1986. Outro ponto alto veio com a narração, como o lorde Dingwall, na animação da Disney-Pixar Valente (2012).
Jerry Lee Lewis
Considerado um dos pioneiros do Rock n’ roll, o cantor, pianista e compositor do grande sucesso Great balls on fire, Jerry Lee Lewis, morreu em 28 de outubro, aos 87 anos. Jerry foi encontrado morto na própria casa em Memphis, Estados Unidos, mas a causa da morte não foi revelada.
Jerry Lee Lewis nasceu em Ferriday, Louisiana, e aprendeu a tocar piano sozinho, aos 9 anos. Assim como Elvis Presley, Jerry teve o primeiro contato com a música em Igrejas pentecostais na região sul do país. Mas foi em Memphis, Estados Unidos, que iniciou a carreira musical na gravadora Sun Records, em 1956, ao lado do Rei do Rock.
Caracterizado pela forma enérgica e eletrizante de realizar os shows, Lewis recebeu o apelido de The Killer (O matador) devido à maneira como fazia as apresentações. Além de entrar no seleto grupo introduzido ao Hall da Fama do Rock, em 1986, o cantor gravou mais de 40 álbuns. Em setembro de 2009, o pianista realizou uma apresentação única no Brasil enquanto realizava uma turnê.
Aaron Carter
O cantor Aaron Carter, irmão de Nick Carter, integrante do grupo Backstreet Boys, foi encontrado morto em 5 de novembro, na Califórnia, Estados Unidos.
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Aaron, que tinha 34 anos, fez sucesso nos anos 1990 como cantor pop. O primeiro disco dele foi lançado em 1997, quando ele tinha apenas 9 anos, e vendeu um milhão de cópias. O último álbum de estúdio dele, Love, foi lançado em 2018.
Em 2001, ele se tornou o cantor mais jovem a se apresentar no Rock in Rio. Na época, ele tinha apenas 13 anos.
Guilherme de Pádua
O ex-ator Guilherme de Pádua morreu em 6 de novembro, aos 53 anos, em decorrência de um infarto. O pastor ficou conhecido nacionalmente em 1992 por matar a atriz Daniella Perez, que interpretava seu par romântico na novela De Corpo e Alma.
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Guilherme de Pádua foi condenado pelo assassinato de Daniella, filha da autora Gloria Perez, a 19 anos e 6 meses de prisão. Daniella foi brutalmente assassinada em 1992 por Pádua e a então esposa, Paula Thomaz.
Pádua foi solto em 1999 após cumprir um terço da pena. Desde 2017, ele era pastor na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Pouco antes de morrer, ele publicou nas redes sociais pedido de perdão por ter assassinado Daniella.
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Gal Costa
Gal Costa, um dos nomes mais importantes da música brasileira, morreu em 9 de novembro, aos 77 anos. A causa da morte não foi informada. Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador e, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, tornou-se uma das vozes mais marcantes da cultura no Brasil e da MPB.
Com 55 anos de trajetória artística, Gal estreou em 1967, com o disco Domingo, que dividiu com Caetano. Ao longo da carreira, lançou 30 álbuns de estúdio, sete gravados ao vivo e sete DVDs. O trabalho mais recente é Nenhuma dor, de 2021. Entre as incontáveis canções que ela gravou destacam-se clássicos como Baby, Brasil, Festa Interior, Meu nome é Gal e Um dia de domingo.
Em 1982, durante o 22º aniversário de Brasília, Gal Costa fez história na capital federal e o episódio ficou entre os mais marcantes da carreira da artista. Em comemoração à jovem cidade, a cantora apresentou, no dia 21 de abril daquele ano, o show Festa do Interior, que atraiu mais de 200 mil pessoas para a praça da Torre de TV. Na época com 37 anos, a artista baiana causou euforia entre os presentes e recebeu destaque nas páginas do Correio Braziliense, que acompanhou a festa.
Rolando Boldrin
Morreu, também em 9 de novembro, o ator, cantor, compositor e apresentador Rolando Boldrin, aos 86 anos, em São Paulo. O artista estava internado no Hospital Albert Einstein quando morreu, mas não se sabe a causa. Ele foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em uma cerimônia aberta, para que o público pudesse se despedir do ícone que marcou gerações.
Com mais de 60 anos de carreira na televisão, Rolando Boldrin apresentou por 17 anos o programa musical Sr. Brasil, da TV Cultura. Como ator, Boldrin esteve em mais de 30 novelas amplamente conhecidas pelo público brasileiro, como Cara a Cara, Mulheres de Areia e A Viagem.
Como apresentador do programa de música, Boldrin apresentou ao Brasil duplas de músicos como Pena Branca e Xavantinho, a violeira Helena Meirelles e o cantor Luiz Vieira. Também foi com ele que artistas que já não estavam em tanta evidência, mas que enriqueceram a cultura brasileira — como, por exemplo, Carmélia Alves ou Adelaide Chiozzo —, voltaram à cena e deram brilho às várias edições dos programas que apresentou.
Como cantor, Boldrin gravou 174 obras de diversos estilos musicais e cantou em parceria com outros grandes nomes da música brasileira, entre eles Renato Teixeira, Mílton Nascimento e Sérgio Reis.
Isabel Salgado
A ex-ponteira do time de vôlei brasileiro Isabel Salgado, um dos grandes nomes do esporte, morreu em 16 de novembro, aos 62 anos. A morte ocorreu por decorrência de uma síndrome aguda respiratória (SARA). A ex-atleta chegou a ser internada no Hospital Sírio-Libanês, mas não resistiu.
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Maria Isabel Barroso Salgado foi uma das pioneiras mundiais do vôlei de praia. Ela nasceu no Rio de Janeiro e disputou duas Olimpíadas no vôlei de quadra (Moscou 1980 e Los Angeles 1984), mas, nos anos 1990, migrou para a modalidade na areia.
Depois que se aposentou, Isabel passou a ser treinadora e, pouco antes de morrer, foi nomeada para a equipe de transição do governo Lula, para trabalhar junto ao grupo voltado para pensar soluções para os esportes no país.
Hebe de Bonafini
Morreu, em 20 de novembro, a líder das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, aos 93 anos. A influente ativista na área de direitos humanos faleceu na Argentina e a causa da morte não foi divulgada.
Hebe nasceu em 4 de dezembro de 1928 na cidade de Ensenada. Ela se casou aos 14 anos, em 1942, e teve três filhos: Jorge Omar, Raúl Alfredo e María Alejandra. Omar, seu primogênito, foi sequestrado em La Plata durante a ditadura cívico-militar da Argentina, em fevereiro de 1977. Em dezembro do mesmo ano, o mesmo aconteceu com seu filho do meio, Raúl Alfredo, em Berazategui.
Um ano depois do ocorrido, a ativista passou pela mesma história, dessa vez com sua nora, María Elena Bugnone Cepeda, esposa de Jorge. Hebe ficou conhecida após se tornar presidente da Associação Mães da Praça de Maio — entidade criada após diversas mulheres se reunirem, em plena ditadura militar na Argentina, para protestar por seus filhos desaparecidos em frente à sede do governo em Buenos Aires — em 1979.
Erasmo Carlos
O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu em 22 de novembro, aos 81 anos. O artista faleceu em um hospital no Rio de Janeiro, vítima de uma “paniculite complicada por sepse de origem cutânea”, de acordo informações da equipe do hospital Barra D'Or.
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Erasmo Carlos nasceu em 5 de junho de 1941 no Rio de Janeiro. Nos anos 60, ele fez parceria com Roberto Carlos e, juntos, compuseram várias músicas, como As curvas da estrada de Santos e Gatinha manhosa. Ao longo da carreira, Eramos se tornou um dos grandes nomes da música brasileira e um dos compositores mais produtivos da história do Brasil.
Somando álbum de estúdio, discos ao vivo e regravações, são 38 álbuns, além de diversos sucessos que marcaram épocas e embalaram gerações. O Tremendão, como ficou conhecido o cantor, escreveu mais de 600 músicas, entre elas sucessos como Se você pensa, Vem quente que eu estou fervendo, Festa de arromba, De noite na cama, Mesmo que seja eu, Minha fama de mau, Gatinha manhosa, entre outros.
- Relembre os maiores sucessos do cantor e compositor Erasmo Carlos
- Além de cantor e compositor, Erasmo Carlos também estrelou no cinema
Erasmo Carlos foi um ícone do movimento Jovem Guarda e, além da notória carreira como cantor e compositor, também realizou trabalhos como ator, incluindo novelas e filmes, dentre os mais recentes, uma produção em parceria com a Netflix, em que contracenou com a atriz Larissa Manoela no longa Modo Avião.
Kirstie Alley
Morreu, em 5 de dezembro, nos Estados Unidos, a atriz Kirstie Alley. De acordo com comunicado divulgado pelos filhos da artista, por meio das redes sociais, Alley morreu em decorrência de um câncer agressivo.
Alley era conhecida pelo filme Olha quem está falando, lançado em 1989, em que fez par romântico com John Travolta. Além desse, a atriz construiu durante a vida uma longa carreira, repleta de prêmios e com participação em mais de 60 obras cinematográficas e televisivas. Dentre as atuações nas telonas mais notáveis da trajetória da estrela de Hollywood, estão os filmes Lindas de morrer, A Cidade dos amaldiçoados e Cheers, um filme da saga Star Trek.
Ao todo, Alley atuou em cerca de 30 longa-metragens exibidos nos cinemas e 36 obras televisivas, entre séries, minisséries, telefilmes, programas de televisão, reality shows e sitcons. Além de atriz, a artista também trabalhou como produtora executiva de algumas dessas produções.
Pelé
No final de 2022 uma das maiores estrelas do país descansou. Em 29 de dezembro morreu, aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. O Rei do futebol estava internado há um mês por conta de um câncer no intestino e morreu devido a falência múltipla dos órgãos causada por complicações da doença.
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Pelé nasceu em 23 de outubro de 1940, em Três Corações. Sua carreira no futebol começou muito cedo, aos 15 anos, quando foi levado pelo ex-atacante Waldemar de Brito para treinar no Santos. Menos de um mês depois de chegar no time, Pelé já estreou nos campos e marcou o primeiro gol.
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Em 21 anos de carreira profissional, foram 1.367 jogos e 1.279 gols por Santos, Seleção Brasileira, Seleção Paulista, Seleção das Forças Armadas e New York Cosmos, para onde se transferiu em junho de 1975.
Joseph Aloisius Ratzinger, o papa emérito Bento XVI
O papa emérito Bento XVI morreu aos 95 anos, em Roma, no último dia do ano, 31 de dezembro. A saúde dele estava debilitada há alguns meses. Bento XVI foi papa entre2005 e 2013, quando renunciou ao cargo surpreendendo o mundo.
O papado de Bento XVI foi marcado pela defesa dos dogmas católicos fervorosamente e por denúncias de pedofilia que levaram o papa a pedir perdão em nome da Igreja.
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