O Ministério da Saúde decidiu ampliar, nesta terça-feira (27/12), o uso da vacina da Pfizer contra a covid-19 para todos os bebês e crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses. A nova recomendação saiu em uma nota técnica, assinada no dia 23, pela coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisou o assunto e deu o primeiro parecer favorável para a vacina contra a covid para crianças de 6 meses a 4 anos sem comorbidades no início de dezembro.
A vacina pediátrica produzida pela Pfizer era antes restrita às crianças nessa faixa etária com comorbidades. No caso dos menores sem comorbidades, alguns podiam ser vacinados por meio da xepa da vacina.
Na nota técnica nº 399/2022, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Geral do Programa de Imunizações, compreendeu que a incidência de covid na população menor de 5 anos de idade hoje é maior do que nas faixas etárias mais elevadas, e que nos bebês com menos de 1 ano a incidência de mortalidade chega a ser até oito vezes maior do que nos adolescentes de 15 a 19 anos.
“Considerando que a vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos contra a covid poderá evitar infecções pelo Sars-CoV-2, hospitalizações, SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e óbitos além de complicações como a SIM-P e pós-covid (...) a Coordenação Geral do Programa de Imunizações recomenda a vacinação de todas as crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses 29 dias de idade com o imunizante Pfizer/BioNTech”, diz a nota.
A nota reforça a eficácia e a segurança da vacina, de acordo com os dados de ensaios clínicos e da aplicação do imunizante em diversos países, e ressalta que “a ampliação da vacinação para essa faixa etária possibilitará maior segurança aos pais cujas crianças frequentam berçários, escolas e ambientes externos”.
Em setembro, a Anvisa aprovou a vacina pediátrica da Pfizer para bebês de 6 meses a 4 anos de idade, entretanto, a Saúde só tinha incluído crianças com comorbidade na campanha até então. Além da Pfizer, a vacina Coronavac produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, foi liberada para aplicação em crianças de 3 e 4 anos. O encerramento de contratos do governo com o instituto paulista, porém, esgotou as doses de Coronavac e atrasou a aplicação da segunda dose em diversas capitais do país.
*Estagiária sob a supervisão de Mariana Niederauer
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Newsletter
Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.