ATENTADO

Adolescente que invadiu escolas em ES e matou 4 pessoas ficará 3 anos detido

Desde que foi detido depois de cometer os assassinatos, em 25 de novembro, o menor está internado em uma unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santos (Iases)

Correio Braziliense
postado em 08/12/2022 03:00
 (crédito: Divulgação/Polícia Civil do Espírito Santo)
(crédito: Divulgação/Polícia Civil do Espírito Santo)

O adolescente de 16 anos que invadiu duas escolas e matou quatro pessoas, ferindo outras 12, em Aracruz (ES) vai cumprir até três anos de internação em unidade socioeducativa. A sentença foi dada, na terça-feira, pelo juiz da Vara da Infância e Juventude da cidade, Felipe Leitão. O tempo de confinamento é o máximo previsto na legislação para adolescentes que ainda não atingiram a maioridade penal.

Desde que foi detido depois de cometer os assassinatos, em 25 de novembro, o menor está internado em uma unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santos (Iases), no município de Cariacica, na Grande Vitória. O adolescente, que agiu sozinho, confessou os crimes.

O rapaz havia estudado até junho último em uma das escolas atacadas. Ele usou duas armas que estavam em poder de seu pai, um policial militar.

Conforme o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), o prazo máximo de internação é de três anos, mas pode mudar. O adolescente terá acompanhamento psicológico durante o período de cumprimento da medida.

O escritório Benicio Advogados, que acompanha o caso, informou que, por ser adolescente, o menor responderá por ato infracional análogo a homicídio nas formas tentada e consumada, respondendo pela medida educativa na sua forma mais gravosa, que é a internação. No período em que estiver sob a tutela do estado, o adolescente passará por avaliação psicológica e psiquiátrica para avaliação da possibilidade de retornar ao convívio social.

O governo do Espírito Santo criou uma "Sala de Situação", onde as secretarias de Educação, Segurança Pública, Saúde e da Assistência trabalharão na redução de danos causados pelo crime. O secretário da Educação, Vitor de Angelo, revelou que está em contato com Rossieli Soares, titular da Educação em São Paulo à época do massacre em Suzano (2019). Segundo ele, a interlocução com o colega paulista servirá de base para solucionar problemas relativos à reintrodução de alunos, professores, funcionários e comunidade.

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