TRÂNSITO

564 mil veículos foram roubados ou furtados no Brasil em 2021

De acordo com os dados divulgados ontem, foram 342 mil furtos (192 mil carros e 150 mil motos) e 222 mil roubos (117 mil carros e 105 mil motos)

Marcos Braz*
postado em 08/12/2022 03:00
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Nada menos que 564 mil veículos foram furtados ou roubados no Brasil em 2021. A constatação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). De acordo com os dados divulgados ontem, foram 342 mil furtos (192 mil carros e 150 mil motos) e 222 mil roubos (117 mil carros e 105 mil motos).

Cássio Thyone, presidente do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, salienta que a alta notificação deve-se ao fato de que são bens de maior valor. "Os donos procuram as autoridades não só na tentativa de reaver (o carro ou a moto que foi levada), mas também para entrar com o processo junto à seguradora", explicou.

Para Thyrone, os números desse tipo de crime são "alarmantes" e é necessário que o poder público passe a encarar os números de violência patrimonial da mesma forma como enxerga os demais crimes. "Se está em patamar elevado, significa que não estamos conseguindo combater da maneira que deveria. Nada do que se tem feito surte efeito, e isso se manifesta nas estatísticas", alertou.

Apesar da alta notificação sobre roubos e furtos de veículos, os números podem estar abaixo da realidade. A Pnad Contínua revelou que em apenas 44,8% dos casos de furto na rua, ocorridos no período de um ano antes da pesquisa, as vítimas relataram ter procurado a polícia. Daqueles que procuraram ajuda da autoridade policial, 11,2% decidiram não fazer o registro formal na delegacia.

Entre os motivos para não procurar a polícia nos casos de roubo, os entrevistados pela Pnad destacaram: não acreditavam na corporação (26,9%), recorreram a terceiros ou resolveram sozinhos (24,3%), a falta de provas (15,2%) e o medo de represália (12,8%).

*Estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi

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