Rabat, Marrocos - Milhares de marroquinos foram às ruas de Rabat, neste domingo (4/12), para protestar "a vida cara e a repressão" – de acordo com os jornalistas da AFP presentes em um protesto organizado por grupos de esquerda, em meio à crescente indignação popular no país.
Esta marcha nacional, que reuniu cerca de 3.000 pessoas, na observação dos jornalistas, foi uma das mais importantes dos últimos meses neste país do Norte da África. Foi convocada pela Frente Social Marroquina (FSM), que reúne partidos de esquerda e organizações sindicais.
"O povo quer que os preços caiam. O povo quer acabar com o despotismo e a corrupção", gritavam os manifestantes. “Viemos protestar contra um governo que representa o casamento entre o dinheiro e o poder e que apoia o capitalismo monopolista”, declarou o coordenador nacional da FSM, Younès Ferachine.
Com uma inflação de 7,1% em outubro, Marrocos registrou “níveis de pobreza e de vulnerabilidade como em 2014”, devido à pandemia da covid-19 e ao aumento dos preços, informou um relatório recente divulgado pelo Alto Comissariado de Planeamento do país.
Além da “vida cara”, os manifestantes denunciaram “qualquer forma de repressão” à oposição e à liberdade de expressão, em um país vários jornalistas e militantes contrários ao governo estão presos.
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