O autor do atentado em duas escolas na cidade de Aracruz, no Espirito Santo, planejava a execução do plano há dois anos. A informação foi dada em entrevista coletiva à imprennsa, nesta segunda-feira (28/11), por André Jaretta, delegado responsável pelo caso.
O jovem não tinha um alvo específico, atirou aleatoriamente nas pessoas. Ele deixou 18 feridos e matou três professoras e uma estudante. Ele aproveitou a saída dos pais para ir ao supermercado para sair e atacar as escolas.
Na sexta-feira (25/11), data do crime, o rapaz voltou à casa da família, em Mar Azul, em Coqueiral de Aracruz, para esconder todos os objetos que usou para o atentado e, sobretudo, para não chamar a atenção dos familiares. Ele também retirou as fitas que cobriam a placa do carro que usou para ir até o colégio.
Filho de um tenente da Polícia Militar do Espírito Santo, o jovem afirmou que quando o pai saia, ele treinava com a arma. O revólver calibre .38 era manuseado pelo adolescente que queria ganhar intimidade com o objeto, ainda que o pai tivesse a cautela de proteger a arma com um cadeado, segundo a polícia.
“Ele as manuseava sempre que tinha a oportunidade de ficar sozinho. Nós não temos, até o momento, informações de que ele já tinha tido a oportunidade de realizar disparos”, disse Jaretta, em coletiva. “A polícia está atenta aos fatos e será rigorosa nas análises. Não seremos irresponsáveis, e atuaremos dentro da legalidade”, complementou o policial.
Os pais do garoto afirmaram que ele fazia acompanhamento psicológico e com uma psiquiatra, tomava remédio controlado, mas era "fechado". Ele era aluno de uma das escolas, mas estava sem estudar desde o primeiro ano do ensino médio. O jovem havia publicado uma imagem da capa do livro Minha luta, em que Adolf Hitler expôs suas ideias antissemitas.
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