Covid-19

O que é atenção primária e como a ação controlou covid no interior do Amazonas

Vigilância na atenção primária poderia ter freado contágio no Brasil ou ter evitado a sobrecarga de hospitais e emergências, aponta estudo

A prevenção, vigilância e atendimento de casos leves de covid-19 poderia ter evitado a sobrecarga de hospitais e emergências durante a pandemia. A constatação é de pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que apontam que a atuação das equipes de saúde de família no interior do estado do Amazonas, inclusive em regiões de difícil acesso, foi essencial para a diminuição dos números durante a pandemia.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a atenção primária à saúde (APS) é geralmente o primeiro ponto de contato, oferecendo atendimento abrangente, acessível e baseado na comunidade, que pode atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo de sua vida. Na sua essência, a APS cuida das pessoas e não apenas trata doenças ou condições específicas.

O beneficiário é acompanhado por equipes multidisciplinares, compostas por médico de família, enfermeiro e outros profissionais de saúde que atuam na coordenação do cuidado.

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A atenção primária à saúde é a porta de entrada no sistema de saúde no Brasil. No caso do Amazonas, este foi o estado colocado em 15º com mais casos e mortes pelo vírus.

O estudo feito por pesquisadores do Amazonas foi publicado nesta segunda-feira (28) na Revista Brasileira de Medicina da Família e Comunidade e tinha como objetivo mostrar a realidade da saúde publica no estado e o combate da covid em regiões remotas. Os estudantes atuaram na Unidade Básica de Saúde Fluvial, embarcações preparadas para atender à população ribeirinha e capazes de chegar a áreas de difícil acesso.

Sendo que em todas as Unidades Básicas de Saúde, já eram realizadas consultas médicas, odontológicas e de enfermagem, e procedimentos como retiradas de pontos, curativos, nebulização e administração de medicamentos.

Em relação aos casos de covid-19, até o dia 24 de maio de 2021, o município apresentou 3.032 casos, com mais de 40 óbitos, sendo o 32º, de 62 municípios, em número de mortes no estado. Até 23 de novembro de 2022, os casos confirmados somam 3.978, com 46 óbitos, segundo resumo epidemiológico da Secretaria de Saúde do Amazonas.

*Estagiária sob a supervisão de Thays Martins 

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