O suspeito de ser autor do atentado contra duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, foi apreendido na tarde desta sexta-feira (25/11), na casa em que mora, no município. A prisão ocorreu quatro horas após os ataques. A polícia conseguiu identificar a placa do carro que o atirador usou para fugir da segunda escola. Os dados dele não foram divulgados pela corporação. Segundo informações da polícia, o atirador tem 16 anos.
A operação de busca pelo criminoso foi feita em parceria com as polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal. Em coletiva de imprensa no local do crime, o secretário de Segurança Pública (Sesp), Marcio Celante, informou que o adolescente agiu sozinho. O agente informou, ainda, que o menino violou o cadeado do portão para entrar nas escolas.
A confirmação da prisão foi feita pelo governador do estado, Renato Casagrande, que afirmou que "continuaremos apurando as motivações e, em breve, teremos novos esclarecimentos".
O atirador invadiu duas escolas na manhã desta sexta-feira (25/11). O primeiro ataque se deu pro volta das 9h30 na Escola Estadual de Ensino Médio Primo Bitti. Lá, o homem, identificado pela Polícia Militar como aluno da instituição, atirou várias vezes no pátio da escola e, depois, se dirigiu a sala dos professores e fez mais disparos. Dois professores morreram.
Depois, o atirador fugiu em um carro e se dirigiu até o Centro Educacional Praia de Coqueiral, antigo Centro Darwin. Segundo o secretário de Segurança Pública, no local "ele fez a mesma coisa: entrou nas salas, efetuando disparos. Lá ele atingiu cerca de cinco pessoas e um óbito foi confirmado no local. Os feridos foram socorridos em hospitais da região".
Ele deixou o local no mesmo carro, um Renault Duster dourado, que estava com a placa parcialmente encoberta, mas com os números finais aparentes. Foi com eles que a polícia encontrou a placa completa e o endereço do homem. Ele foi preso em casa quatro horas depois dos ataques.
Vídeos que circulam nas redes sociais são apontados como o momento da prisão do atirador. Em um deles, um morador da cidade, Arthur Campos, que tem uma mãe que ensinava em uma das escolas, acompanhou a prisão do atirador. Segundo ele, a mãe escapou do ataque porque estaria na escola apenas no turno vespertino.
Arthur diz que o assassino é filho de um tenente da Polícia Militar e que a prisão foi feita com "um tratamento diferenciado, com o carro da Polícia virado para trás". Veja:
No local, outras pessoas acompanharam a prisão e gritaram "assassino" durante a operação e, no vídeo, é possível ver uma discussão entre dois moradores. Um homem diz a mulher que "Deus é bom porque fez a justiça" por prender o acusado, e a mulher, exaltada, afirma que "Deus é bom matando ele".
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins
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