O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu à Justiça que um dos três réus acusados de incendiar a estátua de Borba Gato, na Zona Sul de São Paulo, seja condenado por mais e três anos de reclusão, por ter ateado fogo ao monumento em homenagem ao bandeirante paulista durante uma manifestação.
O protesto ocorreu no centro paulista, em 24 de julho de 2021, e foi filmado por outras pessoas não identificadas que participaram da ação.
Apesar de a promotoria pedir a condenação de Paulo Roberto da Silva Lima, o Paulo Galo, 33 anos, que trabalha como motoboy, pelo crime de incêndio, o MP quer que a 5ª Vara Criminal absolva Galo e outros dois réus das acusações de associação criminosa, adulteração de placa de veículo e corrupção de menor. São eles: o motorista por aplicativo Danilo Silva de Oliveira, o Biu, 37 anos, e o motorista de caminhão Thiago Vieira Zem, 36.
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Já foram ouvidas presencialmente no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital, as testemunhas indicadas pelo Ministério Público e pelos advogados dos réus. Além disso, Paulo Galo, Biu e Thiago Zem também foram interrogados.
"O crime de incêndio é um crime de perigo. Evidentemente que não se discute aqui se a intenção era ou não que o fogo atingisse o posto de gasolina que havia no local, mas restou mais do que comprovado que o réu Paulo causou (deliberadamente) incêndio nos pneus, na estátua do Borba Gato, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem", escreveu a promotororia nas suas "alegações finais".
A defesa dos três manifestantes alega que o fogo em Borba Gato era um protesto e não um ataque criminoso. A estrutura da estátua de Borba Gato foi atingida pelas chamas, mas não ficou comprometida, segundo análise preliminar da Defesa Civil feita em 2021.
Em 2020, o monumento já teria sido alvo de protestos, quando crânios foram colocados ao lado de monumentos de bandeirantes para ressignificar a história de São Paulo.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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