A 23ª Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte lotou a Praça da Estação, na Região Central da capital, neste domingo (6/11). Para muitos jovens, esta é a primeira experiência no evento que ficou dois anos parado em virtude da pandemia de covid-19.
É o caso de Augusto Cézar, de 23 anos, que não escondia a animação. “É a minha primeira vez na Parada. Quero bastante diversão, dançar muito, aproveitar e ficar aqui até acabar.”
Erick Robson, de 20 anos, comentou a alegria de poder voltar à Parada depois desse intervalo. “Nesse retorno a gente espera que seja melhor que as outras. É um alívio, depois de dois anos sem por causa da pandemia. Espero que seja inesquecível, assim como as outras.”
Também é a primeira vez que Darla Cristina, de 21 anos, e Maria Estela Barroso, de 26 anos, participam do evento. Além da diversão, as duas destacam a importância da Parada para a comunidade LGBT.
“A gente não tem voz nenhuma. Eu acho muito importante”, diz Darla. “É um momento de libertação em que a gente pode ser o que a gente é”, acrescenta Maria Estela.
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Identificação e pertencimento
Luiza Rizzo, de 18 anos, destaca que o evento reúne várias pessoas que acreditam nas mesmas coisas e têm vivências parecidas. “Espero que seja um momento de amor e que seja um momento muito bom da sociedade que é extremamente lgbtfóbica”.
Aurora Pinheiro, de 18 anos, bissexual e trans, sente-se segura no evento. ‘É um dos poucos ambientes em que me sinto segura de verdade. Poder expressar quem eu sou. Estou com expectativa muito boa de que vai ser um momento que vai ficar marcado na minha memória”.
“Finalmente me sinto em um lugar onde eu me identifico com as pessoas”, afirmou Alice Araújo, de 17 anos.
O artista Wel Esteves é uma das atrações da Parada deste ano. Ele destacou a importância do evento. “Depois de dois anos com tudo on-line, viemos com mais força ainda. Viemos representar as pessoas que morreram por COVID e as nossas divas, que lá atrás fizeram parte para que tudo isso pudesse acontecer”.
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