Manifestações antidemocráticas

PRF pede reforços à Força Nacional e à PF para liberar bloqueios

O pedido foi assinado pelo diretor-geral da PRF, Silvinei Vasquez, e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviou um pedido de reforços nesta terça-feira (1/11) à Força Nacional e de aeronaves à Polícia Federal (PF) para liberar as estradas bloqueadas por manifestantes bolsonaristas que pedem intervenção militar. 

O pedido foi assinado pelo diretor-geral da PRF, Silvinei Vasquez, e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Vasquez afirma não haver efetivo suficiente na corporação para desmobilizar todos os pontos de bloqueio. "Assim, em cumprimento às determinações judiciais, faz-se necessário o apoio da Força Nacional para união de esforços em busca do interesse público, cujo planejamento das operações se dará em reunião conjunta de trabalho entre as forças de segurança pública, diz o documento enviado à Corte.

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Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou o pedido. "Ressalta-se que a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) possui uma Companhia de Pronta Resposta que pode ser acionada a qualquer momento para manter a ordem pública em todo o país. Esses mobilizados são especializados em Operações de Choque, Controle de Distúrbios Civis e Operações Especiais", diz a pasta.

Segundo o ministério, não é possível divulgar o efetivo, armamento e equipamentos que serão usados pela Força Nacional na desmobilização dos manifestantes, já que são informações sensíveis à segurança da operação.

Os manifestantes que bloqueiam rodovias pelo país defendem pautas antidemocráticas e se recusam a aceitar o resultado da eleição presidencial do último domingo (30/10) que confirmou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente eleito. Segundo levantamento da PRF, cerca de 271 pontos ainda estão bloqueados, e 192 foram desfeitos.

Em seu primeiro discurso após a derrota nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) condenou o bloqueio de rodovias. "As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", declarou. 

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