A incidência de colo de útero em mulheres brasileiras é três vezes maior na região Norte, quando comparada ao Sudeste, que tem a menor taxa. É o que aponta um estudo inédito da Fundação do Câncer, divulgado nesta sexta-feira (25/11).
O Norte tem as maiores taxas de incidência em todas as faixas etárias, com exceção das mulheres entre 25 a 34 anos. No índice de mortalidade, as maiores vítimas são as mulheres com o intervalo de idade entre 55 a 64 anos (31,1%), seguidas pelas de 45 a 54 anos (21,3%).
A menor escolaridade é outro fator de aumento da doença. A incidência do colo de útero foi registrada em aproximadamente 45% das mulheres com ensino fundamental incompleto. Esse número cai para 3,3% naquelas que possuem superior completo. O colo de útero foi evidenciado em 36,1% das mulheres brasileiras de cor parda.
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Vacinação contra HPV
Uma das formas de combate à doença apontada no estudo é o aumento da cobertura da vacinação contra HPV — alvo de uma campanha realizada pelo Ministério da Saúde nos últimos meses. No entanto, a vacinação para combater o vírus atingiu apenas 57% das meninas e 37% dos meninos — a meta era de 80% da população brasileira entre 11 a 14 anos e em meninos a partir de nove anos.
“O controle do câncer do colo do útero representa um enorme desafio. Somente para este ano são estimados mais de 16 mil novos casos da doença pelo Ministério da Saúde, apesar da divulgação de medidas de prevenção e de controle e da existência da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), principal causador deste câncer”, preveniu Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da fundação.
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