O avanço da covid-19 e o aumento no registro de pessoas infectadas e de internações levou algumas cidades e organismos públicos e de Estado a retomarem a obrigatoriedade do uso de máscaras. O Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a Câmara Municipal de São Paulo, por exemplo, voltaram a exigir a proteção nas suas instalações.
De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o número de casos da covid-19 subiu 134% no Brasil somente na última semana. Entre os dias 6 e 12 de novembro, 61.564 novas infecções foram contabilizadas. Ao todo, são 34.971.043 registros da doença no Brasil desde o início da pandemia, e 688.811 óbitos em decorrência da doença no país.
Em Belo Horizonte, Campinas (SP) e no estado do Rio de Janeiro já há a recomendação das autoridades para o uso da máscara em locais fechados. Na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na Universidade Estadual Paulista (Unesp), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e na Universidade Federal de Rondônia (Unir) há a determinação de que os frequentadores dos campi estejam com a proteção.
Segundo o boletim do Ministério da Saúde divulgado na última quinta-feira, foram apontados 32.970 novos diagnósticos de covid em todo país em apenas 24 horas — um aumento de 162% em relação a duas semanas atrás. Apesar do avanço na quantidade de casos, as mortes permanecem em estabilidade — 71 registros em um dia.
Para a infectologista Ana Helena Germoglio, o cenário que aponta para o aumento de casos tem um responsável claro. "É devido a essa nova subvariante (do novo coronavírus) que está circulando. É uma realidade no Brasil e aqui no Distrito Federal", alerta.
A especialista, porém, observa que talvez seja difícil retomar o uso da máscara. "E por diversos motivos. Primeiro, porque a população já está cansada, mas também porque, hoje, estamos com uma cepa que tem grau de transmissão e de letalidade diferente do que era no início da pandemia. Apesar de ser muito mais transmissível essa sub-variante, tem uma agressividade muito menor se comparada com as que circulavam no primeiro ano da pandemia. E, além do mais, tem uma grande parte da população vacinada", explica.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, a procura por testes subiu quase 200% de uma semana para a outra. Entre os dias 5 e 11 de novembro, o número de exames realizados ultrapassou 54,3 mil — na semana anterior foram pouco mais de 18,5 mil, uma diferença quase três vezes mais na comparação entre os dois períodos.
Saiba Mais
- Brasil Incêndio atinge estúdios da rede Globo, Projac, no Rio de Janeiro
- Brasil Ipec: Para 72%, policiais não acreditam em denúncias de violência doméstica
- Brasil 'Brasil perdeu o controle sobre o desmatamento', diz ex-ministra do Meio Ambiente
- Brasil Confira os resultados da Quina 6002 e da Lotofácil 2666 desta sexta-feira (18/11)
Vacinas
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios questionou, na última quarta-feira, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do DF sobre a falta de vacinas contra a covid-19. Segundo o MPDFT, a dificuldade para receber o imunizante "impede o avanço nas etapas do programa de vacinação".
No caso do DF, a vacinação para crianças na faixa de três e quatro anos está suspensa por falta do imunizante CoronaVac — produzido pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Além disso, a segunda dose de reforço, que é aplicada em pessoas com mais de 40 anos, também está em falta e, por causa disso, não vem sendo mais sendo aplicada.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.