Propriedade do MST em PE é pichada com símbolo nazista e palavra 'mito'

Casa da coordenadora do assentamento em Pernambuco também foi incendiada. A Polícia Civil investiga o caso

Jéssica Andrade

postado em 15/11/2022 15:08 / atualizado em 15/11/2022 19:03

(crédito: Reprodução/Instagram: @rosamst_)

Um grupo que ainda não foi identificado invadiu uma propriedade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Caruaru (PE), no último sábado (12/11), e pichou as paredes com símbolos nazistas e a palavra 'mito'. Além da depredação, o grupo é acusado de incendiar a casa de uma das coordenadoras do projeto.

No local funcionava o Centro de Formação Paulo Freire do MST. A Polícia Civil disse ao portal G1 que a casa da coordenadora, que mora próximo ao centro, foi arrombada e alvo de incêndio criminoso. A corporação também investiga a pichação de um símbolo nazista e da palavra 'mito', encontrados em paredes de espaço coletivo.

Um vídeo publicado pela deputada estadual Rosa Amorim (PT) nas redes sociais mostra como ficou o Centro de Formação e a casa da coordenadora, localizados em Normandia. A pichação se enquadra como crime ambiental e de vandalismo, de acordo com o artigo 65 da Lei nº 9.605/98.

Em outra publicação na rede social, a parlamentar diz que, inicialmente, foram vistas quatro pessoas com camisas amarelas, aproveitando a vaquejada, que ocorria no Parque da Vaquejada Milane, que fica em frente ao assentamento, com som alto.

“Às 3h da manhã, os bolsonaristas invadiram o local e picharam vários espaços coletivos com o símbolo da suástica nazista e o nome MITO. Além disso, os bolsonaristas arrombaram e incendiaram a casa de moradia da coordenadora do centro”, diz a legenda da publicação.

Testemunhas que estavam próximas ao centro, conseguiram conter as chamas na casa da coordenadora, que ficou parcialmente queimada. A Polícia Civil informou ao G1 que vai investigar o caso para encontrar os responsáveis pelos crimes.

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