A ex-deputada federal Flordelis passou mal durante o segundo dia de julgamento pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. As sessões acontecem desde segunda-feira (7/11), no Tribunal do Júri no fórum de Niterói, no Rio de Janeiro. Segundo um de seus advogados de defesa, Rodrigo Faucz, apesar do mal estar, a pastora decidiu permanecer até o fim dos depoimentos.
"Ela não estava se sentindo bem. Tivemos de retirá-la. Ela ficou um pouco fora, tomou remédios, continuava não se sentindo bem, mas fez questão de voltar para o julgamento, porque não queria aparentar que estava fugindo. Ela ficou debilitada, mas ficou até o final", disse Faucz ao Estadão.
De acordo com o defensor, a ré teve queda de pressão, formigamento no braço e dores na coluna e precisou se ausentar do plenário do tribunal por uma hora.
Flordelis é acusada de mandar matar o marido, pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. O crime aconteceu na casa da família, em Niterói, no Rio de Janeiro. Em um primeiro momento, Flordelis argumentou que seria uma tentativa de assalto, mas as investigações provaram que se tratava de homicídio.
A defesa da pastora, cantora e ex-parlamentar está confiante na absolvição de sua cliente. "Não existem provas contra ela", repetiu Faucz, ao final do segundo dia de julgamento.
Primeiro dia
O julgamento de Flordelis começou na segunda-feira (7/11) e durou mais de 11 horas. Quatro pessoas testemunharam no Fórum de Niterói. A primeira a ser ouvida foi a delegada de polícia Bárbara Lomba, que presidiu a primeira fase das investigações que levou à cadeia Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo, em julgamento ocorrido em novembro de 2021. O depoimento da delegada durou mais de quatro horas.
Lucas narrou algumas supostas tentativas de envenenamento malsucedidas e que teriam sido promovidas por Marzy Teixeira, filha adotiva de Flordelis e um das acusadas. Ele contou também que houve uma tentativa de contratação de pistoleiros para executar o pastor Anderson do Carmo.
Segundo dia
O segundo dia de julgamento aconteceu na terça-feira (8/11), no Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e foi marcado pelo atraso. O acusado André Luiz de Oliveiro, filho afetivo da pastora, não havia sido listado e precisou ser buscado na penitenciária para início da sessão e chegou às 10h30, mais de uma hora e meia depois da previsão de início da sessão.
Outras três pessoas serão julgadas por envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, no dia 16 de junho de 2019. São elas: Simone dos Santos, que é filha biológica de Flordelis; a neta, Rayane dos Santos; e Marzy Teixeira, que é filha adotiva.
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