Ausência de réu provoca atraso no 2º dia de julgamento de Flordelis

Durante o julgamento da ex-deputada federal e os outros 4 réus permaneceram grande parte do tempo com a cabeça baixa. Flordelis é acusada de ser a mandante do crime e poderá responder por homicídio triplamente qualificado.

Isabel Dourado*

postado em 08/11/2022 14:32 / atualizado em 08/11/2022 14:33

(crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O segundo dia de julgamento da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, acusada pela morte do marido, começou com uma hora e meia de atraso, por volta das 10h30, desta terça-feira (8/11), no Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Isso porque um dos acusados, André Luiz de Oliveiro, filho afetivo da pastora, não havia sido listado e precisou ser buscado na penitenciária para início da sessão.

Outras três pessoas serão julgadas por envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, no dia 16 de junho de 2019. São elas: Simone dos Santos, que é filha biológica de Flordelis; a neta, Rayane dos Santos; e Marzy Teixeira, que é filha adotiva.

André Luiz passou a noite na Cadeia Pública Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Os outros presos vieram do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) afirmou em nota que o réu foi apresentado ao Fórum de Niterói e que o motivo do atraso no deslocamento está em apuração. Desde os primeiros momentos do segundo dia, a ex-deputada federal cobriu o rosto com um pano xadrez.

Primeiro dia 

O primeiro dia de julgamento durou mais de 11 horas e contou com o depoimento de quatro testemunhas na segunda-feira (7), no Fórum de Niterói. A primeira testemunha a ser ouvida foi a delegada de polícia Bárbara Lomba, que presidiu a primeira fase das investigações que levaram à cadeia Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo, em julgamento ocorrido em novembro de 2021. O depoimento da delegada durou mais de quatro horas.

Lucas narrou algumas supostas tentativas de envenenamento malsucedidas e que teriam sido promovidas por Marzy Teixeira, filha adotiva de Flordelis e um das acusadas. Contou também que houve uma tentativa de contratação de pistoleiros para executar o pastor Anderson do Carmo.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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