Violência

Vitória vive tensão após morte de segurança do chefe de facção criminosa

Nesta terça-feira (11/10), criminosos atacaram dois ônibus e um carro de reportagem da TV Tribuna, afiliada do SBT. Polícia Militar alega que ataques são respostas a morte de um traficante influente

A capital do Espírito Santo vive momentos de tensão, com diversos atos violentos, após a morte de Jonathan Cardoso, 26. Segundo a Polícia Militar do Estado, ele seria segurança do traficante Fernando Moraes Ferreira Pimenta, conhecido como “Marujo”, o chefe do Primeiro Comando Vitória (PCV). Só nesta terça-feira (11/10), dois ônibus e um carro de reportagem foram atacados por criminosos.

O primeiro ataque ocorreu ainda na manhã, no bairro Consolação, em Vitória, onde um grupo de criminosos retirou o motorista e os passageiros que circulavam em um ônibus e, após isso, metralharam o veículo. Segundo a Polícia Militar, os atiradores realizaram mais de 30 disparos contra o ônibus. Ninguém ficou ferido.

Ainda antes do meio-dia, um carro de reportagem da TV Tribuna, afiliada do SBT em Vitória, foi atacado por criminosos que atearam fogo no veículo. O automóvel estava sendo perseguido por um grupo de traficantes que o cercaram e ordenaram que o motorista descesse do carro. O condutor deixou o veículo e o grupo ateou fogo contra o carro de reportagem.

Os criminosos ainda ameaçaram o cinegrafista e a repórter da emissora, pedindo que o motorista entregasse uma bala de revólver à jornalista.

Mais tarde, outro ônibus foi alvo dos ataques. Desta vez, o coletivo ficou completamente queimado, após os marginais dispararem uma série de tiros no veículo, que atravessava a região do Bonfim. Nos três casos, a PM informou que reforçaria o policiamento nas regiões.

"O Jhonatan, o alvejado que veio a óbito essa noite tem passagem pela polícia desde 2012 e estava, inclusive, foragido. A ação de queima de ônibus e o ataque à própria imprensa não é uma atuação muito inteligente do criminoso. Nós vamos reforçar novamente com mais presença policial e mais operações ali e tirar de circulação o criminoso", informou o tenente-coronel Menezes, comandante do 1º Batalhão da PM.

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Entenda o caso

Reprodução - Jonathan Candida Cardoso, 26, morreu durante um confronto com a Polícia Militar

Segundo a polícia, os três ataques foram orquestrados como resposta à morte do segurança Jonathan Cardoso, de 26 anos, que trabalhava para o traficante Marujo, chefe do do Primeiro Comando Vitória (PCV). A morte ocorreu nesta segunda-feira (10) durante uma troca de tiros com policiais no bairro do Bonfim.

A Polícia Militar havia recebido uma denúncia anônima, que informou que Marujo estaria se escondendo na escadaria Alexandre Rodrigues. Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos com tiros e evitaram revidar, no primeiro momento, para não ter o risco de atingir moradores.

A morte de Jonathan ocorreu logo após, quando os policiais continuaram na busca por Marujo e houve novo tiroteio. Dessa vez, o segurança do chefe do (PCV) foi atingido e encaminhado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), mas não resistiu aos ferimentos.

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*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori