Um menino de três anos foi diagnosticado com infecção pelo vírus causador da poliomielite. O caso foi registrado em Santo Antônio do Tuá, no Pará. Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde Pública do estado (Sespa), trata-se de um resultado positivo para o vírus sabin like 3 — recolhido pelas fezes —, ainda sob investigação.
O tipo de vírus detectado não se trata do pólio vírus selvagem. Apesar do resultado, outras hipóteses não são descartadas, como Síndrome de Guilain Barré. A Secretaria informa que o caso seguirá sob investigação, conforme recomendado no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.
A Sespa assegura que prestará toda a assistência necessária para o paciente, que está se recuperando em casa. O Ministério da Saúde também foi notificado e está acompanhando o caso.
Ministério reforça que "não há registro de circulação viral da poliomielite no Brasil"
No começo da noite desta quinta-feira (6/10), o Ministério da Saúde publicou uma nota à imprensa deixando claro que "não há registro de circulação viral da poliomielite no Brasil". Segundo a pasta, foi enviado uma equipe do ministério para investigar o caso no Pará, que é tratado como Paralisia Flácida Aguda. Leia na íntegra:
"O Ministério da Saúde informa que não há registro de circulação viral da poliomielite no Brasil.
A pasta enviou equipe ao estado do Pará nesta quinta-feira (6) para investigar um caso de Paralisia Flácida Aguda. De acordo com informações enviadas pela secretaria estadual de saúde, o caso pode estar relacionado a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada. É importante ressaltar que não se trata de poliomielite.
O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis vacinem suas crianças com todas as doses indicadas para manter o país protegido da poliomielite, doença erradicada no Brasil."
Histórico da doença
Dados da Secretaria mostram que o registro do último caso no Brasil foi em 1994, na Paraíba. A adoção das campanhas de vacinação em massa ajudaram a erradicar a doença.
Apesar da disponibilização da vacina, a cobertura vacinal vem apresentando resultados abaixo da meta de 95% desde 2016. A recomendação é que todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas conforme o esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.