Justiça

Justiça solta acusados de matar menina em ritual religioso em MG

Todos os seis acusados da morte de Maria Fernanda, de 5 anos, em suposto ritual religioso vão responder pelo crime em liberdade

Após passar por audiência com juiz de Frutal, no Alto Paranaíba, há duas semanas, quatro acusados de homicídio com dolo eventual de Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, foram colocados em liberdade nesse sábado (1º/10). A menina foi queimada durante um suposto ritual religioso realizado no fim de março.

Com a conclusão do inquérito policial, a mãe, avó e tia da vítima respondiam pelo crime na penitenciária de Uberaba. Já o guia espiritual estava preso em presídio de Frutal. Outros dois acusados de envolvimento no crime (avô da criança e um auxiliar do guia) já respondiam em liberdade.

O advogado de defesa, José Rodrigo Almeida, que pediu a liberdade da família de Maria Fernanda durante a audiência no Fórum de Frutal, informou que a Justiça considerou que não existem mais motivos para a custódia cautelar. “ Por isso, soltou nossas clientes e também o líder espiritual. O despacho está em segredo de justiça”, complementou.

A audiência de instrução dos acusados com o juiz de Frutal aconteceu entre 19 e 21 de setembro.

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Criança morreu durante suposto ritual religioso, mas primeira versão foi de acidente doméstico

 

PC/Divulgação - Maria Fernanda, de 5 anos, teria sido morta pelos avós e pais em ritual religioso

À época do episódio, os suspeitos disseram ao delegado de plantão da Polícia Civil de Frutal que Maria Fernanda teria se ferido em um acidente doméstico envolvendo álcool e uma churrasqueira.

“Contudo, as investigações apontaram que a vítima teria sido utilizada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe”, destacou a nota da PC.

Ainda segundo a Polícia Civil, o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela, queimando-a viva.

Maria Fernanda morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% do corpo. Ela faleceu na madrugada de quinta-feira (25/3) em um hospital de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

A vítima, que cursava o primeiro ano do ensino fundamental da Escola Particular Vencer, em Frutal, foi sepultada no Distrito de Santo Antônio do Rio Grande, conhecido como Lagoa Seca, em Fronteira (MG), a cerca de 60 quilômetros de distância.

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