Por causa da segunda maior vazão de água da história das Cataratas do Iguaçu, a passarela do lado argentino ficou parcialmente destruída. Segundo informações do Parque Nacional Iguazú - Argentina, o circuito da Garganta do Diabo permanecerá temporariamente fechado até que seja realizada vistoria e conserto do trecho que cedeu. Como estava bloqueada para visitantes desde a última quarta-feira (12/10), em razão dos riscos provocados pelo grande fluxo de água, não havia ninguém na passarela no sábado (15/10), no momento em que o incidente aconteceu.
Depois de permanecerem fechadas por três dias, as passarelas do lado brasileiro, próximas às quedas d'água, em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, foram reabertas no sábado, após a realização de vistoria. Assim como o lado argentino, na última quarta-feira, quando a vazão bateu a marca de 11 milhões de litros por segundo, quase sete vezes acima da média, o Parque Nacional do Iguaçu decidiu interditar o trajeto de acesso ao mirante. No sábado, a vazão registrada foi de 8,7 milhões de litros por segundo.
As cataratas - do lado argentino e brasileiro - são famosas por terem o título de o maior conjunto de quedas dágua do mundo. O grande volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias assustou, mas ao mesmo tempo proporcionou imagens deslumbrantes das paisagens.
De acordo com a Metsul, a cheia do Rio Iguaçu aumentou a vazão das Cataratas a níveis raramente vistos nos últimos anos. Na quinta-feira, 13, foi registrada a segunda maior vazão de água, desde o início da medição feita pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), com mais de 16,5 milhões de litros por segundo. Em 2014, foram mais de 47 milhões de litros por segundo, informou a companhia. Em volume menor, em junho deste ano, o fluxo havia alcançado 10,4 milhões de litros por segundo. Conforme a Copel, que faz o monitoramento na região, o volume considerado normal é de 1,5 milhão de litros de água por segundo.
Já o pior período de seca ocorreu em maio de 1978, quando foi registrada vazão de 114 mil litros de água por segundo. Conforme a MetSul, as medições antes de 1997, quando a Copel deu início a sua série histórica, eram feitas por outros órgãos com dados existentes desde 1949.
Chuvas deixam mortos no Paraná
No Paraná, ao menos cinco pessoas morreram em razão das fortes chuvas, entre elas duas crianças. Elas tinham desaparecido em Pato Branco, após o carro em que estavam ser levado por uma corrente de água. Uma pessoa permanece desaparecida.
Na sexta-feira, 14, o governador em exercício, Darci Piana, decretou situação de emergência nas regiões oeste, sudoeste, centro-sul e sudeste do Estado.
De acordo com o governo do Paraná, até o momento, 14,8 mil pessoas foram diretamente afetadas. Conforme último balanço divulgado no sábado, 15, ao menos 35 municípios foram atingidos por eventos severos que incluíram enxurradas e alagamentos.
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