No evento promovido pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (17/10), para comemorar o Dia Nacional da Vacinação, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Socorro Gross, comentou sobre a mudança de postura do ministério e de seus membros, e elogiou os esforços para atingir a meta da vacinação no país.
Segundo Socorro, o ato de tomar a vacina deve ser visto pela população como um direito, mas também uma responsabilidade. “Toda pessoa tem o direito, mas também a responsabilidade. Porque na vacinação tem a responsabilidade das pessoas em vacinar as crianças e os adultos, tem que ter essa vacinação que protege coletivamente o país. Não temos como atingir a vacinação se a comunidade não acreditar na vacina”, declarou.
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Críticas da imprensa
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou que a pasta gasta anualmente cerca de R$ 40 bilhões na aquisição de vacinas e disse que o ministério vem tomando “medidas mais efetivas” para convencer a população a se vacinar, mas sem “forçar”. Para ele, um dos reforços tem sido justamente a sua presença nas regiões brasileiras.
“Através da própria ação como ministro da Saúde, eu tenho andado de maneira incansável. Às vezes sai matéria de que eu uso muito o avião da FAB, mas também ando a cavalo. Como fui na cidade de São José da Lagoa Tapada para vacinar crianças, como símbolo do nosso esforço, como símbolo de quem ocupa a principal posição do sistema de saúde do Brasil, para honrar a nossa tradição, para dar o exemplo”, justificou.
Além disso, o ministro ponderou que o trabalho de cobertura vacinal deve ser feito em conjunto com a rede de segurança de vigilância em saúde e com os países vizinhos. “Fazer com que todos, desde o ministro, os secretários de vigilância em saúde, os secretários estaduais, distritais e municipais, todos nós nos irmanemos para levar a vacina a toda a população”, disse.
“É necessário que consigamos trabalhar juntos para fortalecer a segurança vacinal nos estados vizinhos. O Brasil tem feito isso, doando vacinas, como foi o caso do Paraguai. Porque só estaremos seguros quando todos estiverem seguros”, continuou.
Queiroga aproveitou a oportunidade para criticar a imprensa em relação às críticas que recebe e citou o elogio feito pela representante da Opas. “Socorro mencionava que, na última reunião da Organização Pan-Americana, eu propus a inserção de um item na pauta para discutir a vacina da poliomielite e que não teve uma linha sobre isso na imprensa. Não nos guiamos por isso, sabemos que não ganhamos elogio fácil. Sabemos que a vida de ministro da Saúde é dura”, afirmou.
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