Mato Grosso do Sul

PF realiza nova operação que reprime comércio ilegal de arma por CACs

A nova etapa é um aprofundamento da apreensão feita há 10 dias. Na ocasião, uma pessoa com CAC foi presa, junto com pistolas, fuzis e coletes falsos da Polícia Civil

Tainá Andrade
postado em 14/10/2022 19:11 / atualizado em 14/10/2022 19:15
 (crédito: Unsplash/Reprodução)
(crédito: Unsplash/Reprodução)

A Polícia Federal (PF), junto com o Exército Brasileiro, comandaram nesta sexta-feira (14/10), no Mato Grosso do Sul, a operação Oplá — que significa "armas", em grego — para cumprir sete mandados de busca e apreensão. O objetivo é a repreensão do comércio de armas ilegais adquiridas por meio de portadores do registro de caçador, atirador e colecionador (CACs). Os mandados foram cumpridos na capital, Campo Grande, e em Maracaju.

Há 10 dias, a PF apreendeu uma pessoa portadora do certificado de registro de CAC e, junto com ela, três pistolas 9mm, quatro fuzis, munições, coletes balísticos com falsas identificações da Polícia Civil e outros materiais. A partir disso, as investigações sobre o trânsito ilegal de armas na região foi aprofundado.

A suspeita é que alguns CACs, clubes de tiro e armeiros estejam em nome de laranjas para serem utilizadas em organizações criminosas dedicadas à prática de crimes violentos. Campo Grande é uma capital já conhecida pela atividade, pela sua localidade — que faz fronteira com o Paraguai — onde existe intenso comércio de armas.

O estado é alvo de diversas operações. Em março deste ano, a PF realizou a Operação Florida Heat, onde junto com o Ministério Público Federal (MPF), desarticulou uma organização criminosa que comandava um esquema de tráfico internacional de armas dos Estados Unidos (EUA) para o Brasil, no Mato Grosso do Sul. Na ocasião, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, cinco de busca e apreensão.

Especialistas que estudam sobre as consequências das flexibilizações para o registro de CACs apontam para a dificuldade em controlar o comércio ilegal por causa do maior número de armas em circulação.

Ao Correio, Roberto Ucho, autor do livro Armas pra Quem? A busca por armas de fogo, detalhou a dinâmica da compra e venda de armas ilegais envolvendo CACs: “Na realidade estamos vendo pessoas sendo aliciadas para se tornarem CACs para comprar armas para criminosos, CACs comprando armas e alugando para criminosos, assim como tem criminosos se registrando como CACs porque o exército não se dá ao trabalho de conferir”.

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