No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, passageiros enfrentaram atrasos e cancelamentos de voos neste domingo (9/10), após o pneu de pouso traseiro de uma aeronave de pequeno porte estourar durante o pouso. Após a aterrissagem, por volta das 13h30, o jatinho ficou parado na pista, próximo ao barranco, o que provocou o atraso. De acordo com a Infraero, o incidente não deixou feridos.
Enquanto as equipes técnicas faziam a perícia para coletar detalhes sobre o ocorrido, a aeronave continuou na pista durante os períodos da tarde e à noite, por volta das 20h. Esse procedimento bloqueou o pouso e decolagem de aviões comerciais no aeroporto. Foi liberada, apenas, a pista auxiliar de Congonhas para comportar voos executivos.
Até o meio da tarde de domingo foram registrados, entre chegadas e partidas no Aeroporto de Congonhas, 16 cancelamentos e 54 atrasos de voos, por causa do incidente. De acordo com a Infraero, às 16h50 de domingo, 15 voos foram alternados para outros aeroportos. Durante quase todo o domingo, a situação no saguão do aeroporto de Congonhas foi de caos.
A aeronave que que teve o pneu de aterrissagem estourado no Aeroporto de Congonhas é do modelo Learjet 75 e transportava dois tripulantes e três passageiros. O avião de prefixo PP-MIX tinha decolado do Aeroporto de Foz do Iguaçú, no Paraná.
Informações iniciais indicam que a aeronave não foi removida da pista do Aeroporto de Congonhas porque não havia, no local, equipamentos próprios para esse procedimento.
Investigação do incidente
As causas e os detalhes do incidente com o Learjet 75 começaram a ser investigados pelo Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
"Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realizam a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação", diz nota do órgão.
De acordo com o Cenipa, o objetivo das investigações é prevenir que novos acidentes ou incidentes - quando não há feridos - como o de domingo aconteçam. Segundo o órgão, a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, "dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes".
Empresas aéreas
Diante do incidente e das intercorrências nos voos programados, companhias aéreas se manifestaram neste domingo.
Em nota, a Latam Airlines Brasil, informou "que em função de um incidente com uma aeronave de pequeno porte, que se encontra na pista no aguardo do reboque no aeroporto de São Paulo/Congonhas neste domingo (9/10), teve suas operações de pousos e decolagens impactadas. A empresa lamenta os possíveis transtornos que a situação possa ter ocasionado, esclarece que aguarda as operações serem normalizadas no aeroporto e reforça que não está medindo esforços para prestar a assistência necessária aos passageiros. A empresa sugere que os passageiros busquem o status do voo em latam.com".
A Azul informou que oito voos que tinham a capital paulista como origem ou destino foram cancelados. "O aeroporto permanece fechado e mais ajustes na malha poderão acontecer. A companhia ressalta que os Clientes receberam toda a assistência necessária da Azul, conforme prevê a resolução 400 da ANAC, e lamenta eventuais contratempos causados pela situação".
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