Um cabelereiro, de 34 anos, foi preso na madrugada dessa quinta-feira (22/9), suspeito de ter levado os filhos de 15 e 16 anos e três mulheres para um motel em Belo Horizonte e retirado o preservativo sem o consentimento de uma delas durante a relação sexual.
Segundo o boletim de ocorrência, o cabeleireiro e os filhos estavam em uma boate na Savassi, na Região Centro-Sul da capital, na madrugada de quinta, quando encontraram três garotas de programa.
Lá, eles combinaram de ir para um motel no bairro Olhos D'Água, na Região Oeste. Em conversa com os militares, uma das mulheres contou que combinou o valor ainda na boate. O cabelereiro concordou em pagar R$ 1.000 para cada uma pelo programa.
Ela afirmou que estava tendo relação sexual com o cabelereiro quando ele ficou agressivo e bateu no rosto dela. Mesmo com pedidos para ele parar, as agressões seguiram.
A mulher ainda afirmou que o cabeleireiro chegou a colocar um preservativo, mas que esperou um momento de distração e retirou a proteção, sem consentimento dela, e que ela só percebeu no final do ato.
Por isso, a mulher falou que cobraria o dobro do valor combinado, mas o cabelereiro não concordou. As outras mulheres confirmaram a versão da colega.
Em depoimento, o cabelereiro disse que o valor combinado era R$ 500 e somente no motel a mulher disse que cobraria R$ 1.000.
Ele também afirmou que teve relação sexual consensual e que não aceitou pagar o dobro do valor porque estava se sentindo extorquido.
Em nota, a Polícia Civil informou que ratificou a prisão em flagrante do suspeito pela prática dos crimes de fornecer bebida alcoólica e drogas ilícitas a menor de 18 anos e conjunção carnal mediante fraude, que consiste na retirada do preservativo durante a relação sexual, sem o consentimento da outra pessoa.
Além disso, o suspeito também foi preso por abandono intelectual. Segundo a Polícia Civil, os dois filhos do cabelereiro não frequentam a escola há quase dois anos.
Os adolescentes foram ouvidos e entregues a um familiar.
O suspeito foi encaminhado ao Sistema Prisional.
O caso segue em investigação sob sigilo na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.