A Polícia Federal cumpriu mandados de busca na manhã desta terça-feira (13/9), em endereços de São Paulo e Santa Catarina, para investigar uma organização criminosa que invadiu 465 contas da Caixa Econômica Federal e furtou valores do auxílio emergencial com 519 transações fraudulentas, entre elas 508 saques.
Os investigadores apontam que a ação dos fraudadores contra uma das grandes apostas do governo Jair Bolsonaro para tentar a reeleição causou um prejuízo de cerca de R$ 500 mil.
A ofensiva foi batizada Operação Money Leak e fez diligências nas cidades de Ribeirão Pires (SP) e Florianópolis (SC) por ordem da 9ª Vara Federal de Campinas. De acordo com a Polícia Federal, o nome da operação, traduzida do inglês como 'vazamento de dinheiro', faz referência 'às saídas ilícitas de recursos do Auxílio Emergencial por meio de crimes cibernéticos'.
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Os desvios sob suspeita ocorreram entre 23 de maio e 16 de junho de 2020. Segundo a PF, a maioria dos saques efetuados pela organização criminosa se deu na região metropolitana de Campinas, no interior paulista.
Além disso, foram identificadas, entre as operações fraudadas: o pagamento de boleto bancário, oito transações por comércio eletrônico e duas transferências para contas da Caixa.
A Polícia indica que os investigados podem responder por supostos crimes de furto mediante fraude e formação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 16 anos de prisão.
Os materiais apreendidos nas diligências executadas na manhã desta terça-feira, 13, serão encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Campinas, para que sejam apuradas todas as fraudes praticadas pelo grupo sob suspeita, além de identificados outros possíveis envolvidos nos crimes.