O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que testes preliminares detectaram a presença de monoetilenoglicol, substância tóxica a humanos e animais, foi detectado em mais dois lotes de propilenoglicol, usado pela indústria como umectante. A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira (9/9).
Até o momento, as investigações ainda não determinaram a origem da substância contaminada. De acordo com o MAPA, o rastreio da fonte tem sido difícil devido à mistura de lotes de compostos em diferentes estabelecimentos que não possuem registro no Ministério.
Com a nova contaminação, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) determinou que as empresas fabricantes de alimentos e mastigáveis devem indicar os lotes de propilenoglicol existentes em seus estoques e seus respectivos fabricantes e importadores ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) de sua região.
Além disso, as indústrias deverão realizar análises em produtos que contenham o propilenoglicol em sua composição, para garantir a segurança de uso nesses produtos, e indicar os lotes de produtos acabados em estoque e já distribuídos que tenham utilizado o químico em sua composição, incluindo a porcentagem utilizada.
Ainda conforme o MAPA, as empresas têm o prazo de 10 dias para atender às determinações do Dipoa. A não comunicação ao SIPOA será interpretada como não utilização do propilenoglicol e as empresas serão fiscalizadas quanto à veracidade das informações prestadas.
Saiba Mais
Fabricação
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também emitiu um comunicado aos fabricantes de aditivos químicos que produzem ou importem o propilenoglicol. Conforme a pasta, as empresas devem se manifestar quanto à fabricação, importação ou compra de propilenoglicol em território nacional desde dezembro de 2021, com relação à identificação dos lotes, o quantitativo adquirido e suas origens.
Intoxicação
Cerca de 50 cães já morreram em várias cidades brasileiras após a ingestão de petiscos supostamente contaminados com monoetilenoglicol. Na última sexta-feira (2/9) a Polícia Civil de Minas confirmou que laudo pericial atestou que um dos petiscos da empresa Bassar Pet Food apresentou sinais da substância tóxica para consumo de humanos e animais.