Pela 15ª vez, o paleoartista Rodolfo Nogueira, de 35 anos, conquistou um prêmio internacional. Agora foi o "Prêmio 3D" no "X Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros", realizado pelo Museu de Lourinhã, em Portugal.
Para conquistar a premiação, Nogueira produziu uma reconstituição da espécie Ixalerpeton, um lagarto que viveu há cerca de 230 milhões de anos, na Região Sul do Brasil, e que está relacionado à origem dos pterossauros (os répteis voadores).
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“Como se não bastasse (o Prêmio 3D), ainda me deram uma Menção Honrosa também”, comemorou, ontem (4/9), por meio de suas redes sociais.
A reportagem procurou o paleoartista (profissional que desenha animais extintos), que disse ter recebido 550 euros pelos dois prêmios.
Categoria inédita
O artista afirmou também ao Estado de Minas que o Prêmio 3D do Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros é uma categoria inédita que avalia modelos 3D em seus mínimos detalhes.
“Eu achei fantástico porque nunca tinha tido isso no mundo e isso abre um precedente para a paleoarte do futuro, que vai ser cada vez mais interativa e tecnológica”, considerou Nogueira que, além dos 15 prêmios internacionais, tem cinco premiações nacionais.
O projeto que venceu o Prêmio 3D" do "X Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros" partiu da tomografia de fragmentos do crânio encontrados no sítio de Buriol, em São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul, em 2010.
"Para chegar a essa ilustração final foram dois meses de estudo e construção do modelo e da animação", complementou o artista.
Em 2020, a ilustração vencedora de Nogueira foi capa da revista científica "Nature".
No ano passado, o artista uberabense venceu, pela terceira vez, o Lanzendorf National Geographic Prize, premiação com aporte da "National Geographic" e que homenageia anualmente os melhores paleoartistas do mundo.