O Brasil foi o país que mais matou defensores do meio ambiente e líderes comunitários no mundo na última década. Segundo os dados da ONG Global Witness, a perseguição a ativistas levou à morte de 1.733 pessoas no mundo. Do total, 20% ocorreram o Brasil. Divulgado nesta quinta-feira (29/9), o balanço faz parte do relatório anual publicado desde 2012.
A porcentagem brasileira simboliza 342 mortos registrados pela ONG, no período de 2012 a 2021. O levantamento ainda mostra que mais de 85% dos assassinatos no período foram registrados na Amazônia e que a maior parte das vítimas era indígena ou negro.
Ainda segundo a base de dados, somente em 2021 o Brasil somou 26 mortes de ativistas por direitos ambientais e fundiários, ficando atrás de México (54) e Colômbia (33) no ano. Na contagem final de mortos na última década, além do Brasil, que lidera o ranking, estão Colômbia (322), seguido por Filipinas (270) e México (154).
Dom e Bruno
Após a morte do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Philips, assassinados em junho deste ano, entidades de proteção ao meio ambiente e preservação da região do Vale do Javari — um dos locais mais violentos da Amazônia Legal por estar localizado em uma tríplice fronteira com presença do narcotráfico — tornaram público um vídeo com o áudio de Bruno, no qual ele explica a situação de conflito constante que enfrentava no trabalho.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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