A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou quais são os lotes de propilenoglicol contaminados pelo monoetilenoglicol que foram vendidos pela empresa TecnoClean Industrial LTDA. Ela solicitou que sejam retirados do mercado os lotes com códigos 5053C22 e 4055C21.
"Está proibida a distribuição, comercialização e uso, além de determinado o recolhimento, de todo o propilenoglicol que contenha números de lotes com os códigos 5053C22 e 4055C21(acrescentado ou não por letras iniciais complementares) e dos produtos fabricados a partir deles", determinou a agência.
As investigações mostraram também que empresas da área de produtos químicos teriam comprado os produtos, retirado o rótulo original e colocado novas informações de rotulagem com os dados da sua empresa.
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Na maior parte dos casos, a numeração está feita da forma correta. Em outros, contudo, a empresa inclui um lote interno criado por ela. Essa ação tem dificultado a rastreabilidade da substância na composição dos produtos. O órgão regulador reforça que a não violação dos rótulos é uma etapa da fabricação.
A apuração de mais empresas que usaram a substância tóxica revelou uma rede de distribuição e venda dos lotes de propilenoglicol com indícios de contaminação.
Histórico
Fazem parte do trabalho de identificação desses produtos os órgãos estaduais e municipais do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além da Anvisa.
A operação iniciou após a morte de 54 cachorros intoxicados em todo o país. A primeira empresa que teve os produtos para animais recolhidos foi a Bassar Pet Food. Em seguida, mais empresas foram notificadas e tiveram que retirar produtos das prateleiras.
O lote de propilenoglicol vendido pela Tecnoclean Industrial Ltda deveria ser utilizado na fabricação de produtos e na quantidade permitida pela Anvisa. O aditivo alimentar pode ser usado em 21 categorias de alimentos para consumo humano, com quatro funções: umectante, agente clareador, estabilizante e eglaceante.
A substância que foi trocada, além de tóxica ao ponto de causar morte, se for ingerida, provoca irritação moderada à pele e irritação ocular, insuficiência renal e hepática. Chega a prejudicar a fertilidade ou o feto. Promove danos em diversos órgãos, incluindo o sistema nervoso central e cardiovascular
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