O Tribunal de Justiça de Minas Gerais ainda não definiu a data da audiência do empresário Rafael Birro, acusado de agredir uma faxineira no bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na última sexta-feira (16/9). O ex-sócio de uma franquia de emagrecimento da capital compareceu, nesta sexta-feira (23/9), na Delegacia de Polícia Civil para prestar declarações e optou pelo direito de se manter em silêncio.
Para a faxineira Lenirge Alves de Lima, de 50 anos, vítima das agressões, Birro deveria ter se explicado. "Ele está no direito dele. Pensando no meu lado, ele tinha que se explicar, até mesmo para as pessoas entenderem o que aconteceu".
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Em nota, o TJMG afirmou que o Termo Circunstanciado foi distribuído no Juizado Especial Criminal de BH no fim da manhã de hoje (23). Por isso, a audiência ainda não possui uma data.
A reportagem do Estado de Minas tentou contato com o acusado no endereço que seria dele, em Belo Horizonte, por e-mail e por telefone, mas até o momento não obteve resposta.
Danos morais
Lenirge Alves de Lima entrou com pedido de reparação por danos morais contra seu suposto agressor Rafael Ferreira Birro Oliveira. O processo tramita na 13ª Vara Cível de BH e ainda não possui nenhum despacho.
No pedido à Justiça, a defesa da mulher relata que, “em razão do trauma, está recebendo atendimento psicológico e, além das dores por causa das escoriações, não consegue dormir ou esquecer as imagens do ocorrido, tendo ainda receio de caminhar nas proximidades do condomínio, seu local de trabalho”.
Os advogados da faxineira sugerem o valor de indenização por danos morais de R$ 60.060,00. O pedido é referente à agressão filmada pelo sistema de vigilância do condomínio, na última sexta-feira, quando o homem a atacou sob o pretexto de "desperdício de água".
Entenda o caso
Rafael Birro caminhava pela rua Bernado Guimarães, em Lourdes, na sexta-feira (16/9), quando se deparou com a faxineira lavando a calçada e a entrada da garagem em frente ao Edifício Griffe.
Segundo Lenirge, no momento em que o homem chegou perto, ele começou a falar sobre o desperdício de água, mas não deixou que ela se explicasse e partiu para as agressões.
“Ele parecia 'tranquilo', falando que eu estava gastando água do meio ambiente. Mas quando expliquei que lá fica sujo, porque é a entrada de uma garagem, ele pegou a mangueira e começou a jogar água em mim”, disse a mulher na ocasião.
Devido à repercussão do caso, a clínica de emagrecimento Magrass Franchising, na qual o agressor atuava como franqueado da rede em uma unidade em Betim, emitiu um comunicado, no dia do episódio, informando que o empresário seria desligado.
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