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Pesquisador do Datafolha é agredido com socos e chutes durante entrevista

O caso aconteceu no interior de São Paulo. O pesquisador foi socorrido, levado ao pronto socorro e liberado em seguida

Correio Braziliense
postado em 21/09/2022 22:03 / atualizado em 21/09/2022 22:07
De acordo com informações divulgadas pelo jornal 'Folha de S. Paulo', o pesquisador foi atingido pelas costas por um apoiador do Bolsonaro -  (crédito: Reprodução/Facebook)
De acordo com informações divulgadas pelo jornal 'Folha de S. Paulo', o pesquisador foi atingido pelas costas por um apoiador do Bolsonaro - (crédito: Reprodução/Facebook)

Mais um episódio de violência política marcou a tarde desta quarta-feira (21/9) em São Paulo. Um pesquisador do Datafolha foi agredido por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Ariranha, interior do estado.

O trabalhador, atingido com socos e chutes, sofreu o ataque depois de fazer uma entrevista com um morador do município. Enquanto conversava com o entrevistado, o pesquisador foi abordado pelo agressor que exigiu ser ouvido para a pesquisa. Aos gritos, o homem acusou o Datafolha de imparcialidade e falou: “só pega Lula” e “vagabundo”.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, depois que o pesquisador finalizou a entrevista que estava em andamento, foi atingido pelas costas pelo bolsonarista. Ao tentar se defender, o filho do agressor se juntou ao pai e passou a atacar o trabalhador.

As agressões só pararam com a intervenção dos vizinhos. Neste momento, o bolsonarista entrou em casa, saiu logo em seguida com uma faca e ameaçou o pesquisador. O autor do ataque foi identificado como Rafael Bianchini.

O pesquisador foi socorrido e encaminhado ao pronto socorro, onde passou por atendimento e foi liberado logo em seguida. Ele foi atingido nas costas, na cabeça e nos braços. A Polícia Civil de São Paulo, que investiga o caso, garantiu que todas as providências necessárias foram tomadas.

Pesquisadores hostilizados em todo Brasil

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o Datafolha afirma que têm sido comuns os relatos de pessoas que, aos gritos, acusam o instituto de ser comunista ou tentam filmar os entrevistadores como forma de intimidação.

Na maioria desses casos, as pessoas que protagonizam os ataques, tanto verbais quanto físicos, se declaram bolsonaristas e citam o nome de Bolsonaro ao intimidar os pesquisadores. Somente no último dia 13/9, por exemplo, 10 ocorrências foram registradas pelo Datafolha, todos em municípios de diferentes regiões do país, num universo de 470 pesquisadores.

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