O caso da agressão contra a faxineira que lavava a calçada no Bairro Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, será encaminhado ao Juizado Especial Criminal. A expectativa é de que uma audiência, com a presença do agressor, seja marcada ainda nesta segunda-feira (19/9).
Pela manhã, a vítima, Lenirge Lima, de 50 anos esteve na 1ª Delegacia Seccional de Polícia Metropolitana, no Centro da capital, para formalizar uma denúncia contra o agressor.
Na saída da unidade policial, ela afirmou ter medo de que o caso não seja resolvido e que espera justiça. "Eu tenho medo de não resolver, e espero, saindo daqui agora, que resolva. Que ele pague pelo que fez comigo. Eu quero justiça, só isso. Justiça".
"Eu dei meu depoimento e fiquei confiante. Me senti bem segura, bem atendida, ela explicou tudo que tinha que explicar para mim e agora a gente está indo lá no Juizado (Juizado Especial Criminal) marcar audiência. Já ligou para a doutora aqui e pediu para a gente ir lá, agora. Por causa da agressão é lá que vai ser resolvido", frisou Lenirge Lima.
De acordo com a Polícia Civil, o agressor já foi identificado e será intimado para comparecer ao Juizado Especial Criminal para assumir o compromisso de comparecer à audiência, com a vítima, e responder pela prática de lesão corporal.
Agredida por 'desperdiçar água do meio ambiente'
Lenirge Lima (50), foi agredida na última sexta-feira (16/9), com jatos d'água de uma mangueira, por um homem que caminhava pela rua Rua Bernardo Guimarães, enquanto ela lavava o passeio do local, no bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de BH.
A faxineira é responsável pela limpeza do Edifício Griffe e estava lavando a entrada da garagem, quando foi abordada por um homem que passava na rua, acompanhado de um cachorro.
Segundo Lenirge, no momento em que se aproximou, o homem começou a falar sobre desperdício de água, mas não deixou que ela se explicasse e partiu para as agressões. "Ele parecia 'tranquilo', falando que eu estava gastando água do meio ambiente. Mas quando eu fui explicar que lá fica sujo, porque é a entrada de uma garagem, ele pegou a mangueira a começou a jogar água em mim", diz.
"Não me deixou nem explicar o que estava fazendo. Do nada, jogou água no meu rosto, não me deixou defender. Em seguida, puxou a mangueira e eu caí. Ele continuou jogando água e depois foi embora".
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