Caixa econômica

"Mulher não é vítima, mulher é a força", afirma presidente da Caixa

Em entrevista ao programa CB Poder desta sexta-feira (9/9), a presidente da Caixa, Daniella Marques, deu detalhes sobre o programa #Caixapraelas e explicou as novas prioridades do banco no atual momento

*Isabel Dourado
postado em 09/09/2022 18:35
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, avaliou, nesta sexta-feira (9/9), a atuação do banco após a saída de Pedro Guimarães da presidência após denúncias de assédio sexual e moral. Em entrevista ao CB.Poder, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, Marques detalhou as novas prioridades do banco e explicou de que forma o programa #Caixapraelas vai funcionar.

Pouco mais de dois meses na presidência da Caixa, Marques comentou sobre as denúncias que causaram a queda de Guimarães, acusado de assédio sexual por funcionários. Ela destacou que o compromisso de promover um programa de combate ao assédio e a violência doméstica, além do estímulo ao empreendedorismo feminino, estiveram nas metas dela desde a posse na chefia do banco. 

“Imediatamente foi implementado uma governança muito sólida de apuração. Eu me comprometi ainda na minha posse, com rigor e independência, mas também é essencial e necessário que tudo ocorra em sigilo, porque envolve a própria proteção das denunciantes, dos denunciados, da família dessas pessoas e da Caixa, que é um banco de 161 anos de história. A apuração está acontecendo, tem uma equipe permanente no banco, inclusive eu propus ao conselho de administração a independência da corregedoria da própria presidência", explicou.

A presidente afirmou ainda que há uma empresa independente trabalhando na apuração das denúncias de assédio contra o ex-presidente da Caixa. "Tem uma empresa independente que foi contratada para fazer a apuração. Além disso foi instalado uma comissão de supervisão formado por um colegiado de órgãos de controle, Advocacia Geral da União, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União. Oministro Wagner Rosário tem contribuído muito com a Caixa nesse processo, para que esse essa comissão monitore os trabalhos junto com o Conselho da Administração e, uma vez que sejam concluídos, seja encaminhado o resultado ao Ministério Público.Agora como nesse processo em si, nessas denúncias as pessoas ligadas foram afastadas também, e a competência da Caixa em punição ela é bem restrita caso seja comprovado", disse Daniella Marques.

Segundo ela, é fundamental seguir algumas diretrizes no momento atual. Ela citou como exemplo o fortalecimento de canais de denúncias internas, o reforço de políticas de integridade, fazer treinamentos e criar canais de apoio para as mulheres. “Está tudo caminhando de forma sólida e independente.”

 

  • 09/09/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - CB.Poder entrevista a presidente da Caixa Econônica Federal Daniella Marques. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • 09/09/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - CB.Poder entrevista a presidente da Caixa Econônica Federal Daniella Marques. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • 09/09/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - CB.Poder entrevista a presidente da Caixa Econônica Federal Daniella Marques. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • 09/09/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - CB.Poder entrevista a presidente da Caixa Econônica Federal Daniella Marques. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Força feminina

Apesar de ter substituido Pedro Guimarães na presidência da Caixa, Daniella Marques afirma que a nomeação dela não está diretamente ligada às denúncias de assédio que o antecessor respondeu. “Não foi o motivo. Eu estou no governo desde o início e estive ali sendo o braço direito do ministro Paulo Guedes. Fui interlocutora não só dele mas também do presidente da república. E fiz boa parte da articulação política e interna de governo das políticas prioritárias do ministério.

“A minha visão é assim, os direitos das mulheres já foram conquistados lá atrás. Ao mesmo tempo, a gente reconhece que existem em algumas carreiras sensibilidades e resistências na liderança. Mas eu brinco que metade da jornada é da mulher de não se intimidar. Para mim mulher não é vitima mulher é a força. Eu costumo dizer que quem tem força para parir um filho tem força para qualquer coisa e é uma força subliminar", completa. 

Confira a entrevista completa


*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

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