Saúde

Monoetilenoglicol: substância que matou cachorros é a mesma do caso Backer

Dez cachorros que consumiram alimentos já morreram em Minas e São Paulo. Outros seis animais estão internados

Clara Mariz - Estado de Minas
postado em 02/09/2022 19:29 / atualizado em 02/09/2022 19:29
 (crédito: Clara Mariz)
(crédito: Clara Mariz)

A perícia da Polícia Civil de Minas confirmou a existência de monotilenoglicol em um dos petiscos consumidos por cachorros, que morreram em Minas Gerias. A informação foi repassada nesta sexta-feira (2/9), pelo chefe da instituição delegado Joaquim Francisco Neto e Silva, e pela delegada da delegacia especializada em defesa do consumidor, Danúbia Quadros.

De acordo com a delegada Danúbia, até o momento, os testes periciais constataram a presença do componente em apenas um dos três petiscos que já foram periciados.

Além do resultado do teste, a PC confirmou, também, uma nova morte em Belo Horizonte. Até o momento, sete cachorros morreram na capital, um em Piumhi, na região Centro-Oeste do Estado, dois em São Paulo. Além disso, outros seis animais que consumiram o produto estão internados.

O laudo de necrópsia feito pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que o estado clínico que levou à morte dos animais é “altamente sugestivo” de intoxicação por etilenoglicol, substância proibida em alimentos.

O monoetilenoglicol foi uma das substâncias tóxicas encontradas na cerveja Belorizontina, da Backer, em Belo Horizonte, em 2019. O produto faz parte da mesma “família” do dietilenoglicol, também encontrado na bebida, e responsável pela intoxicação de 29 pessoas, sendo que dez delas morreram.

Mais estados

 

Polícia Civil confirmou uma nova morte em Belo Horizonte
Polícia Civil confirmou uma nova morte em Belo Horizonte (foto: Reprodução/Redes sociais)

Além de Minas e São Paulo, a PCMG recebeu denúncias de supostas intoxicações em mais sete estados e o Distrito Federal. Entre os locais estão: Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Paraná.

Com as novas denúncias a delegada do caso fez um apelo aos tutores que entrem em contato com as delegacias locais. "Saiam das redes sociais e dos grupos de Whatsapp e levem as informações ao conhecimento das autoridades responsáveis", pediu.

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