Um homem e uma mulher foram presos pela Polícia Civil de Minas Gerais suspeitos de matarem um homem em Ituiutaba e fingirem que o caso se tratou de um acidente com cavalo, também no município do Triângulo Mineiro. A morte aconteceu em maio deste ano e teria sido motivada por uma traição amorosa envolvendo a vítima.
Os suspeitos são casados e foram detidos por meio de mandado de prisão expedidos pela Justiça. De início, a própria Polícia Civil tratava o caso como acidente, mas as provas periciais apontaram para outra direção.
No dia 17 de maio, policiais foram acionados na Fazenda Mantiqueira, zona rural de Ituiutaba, onde a vítima Raylon Carlos da Silva, de 38 anos, teria sido encontrada sem vida pelo cunhado. A vítima estava sem se comunicar com familiares desde o dia anterior. O corpo foi encontrado no pasto. Próximo dele estava um cavalo arriado.
Naquele momento, a causa da morte teria sido uma queda do animal, que ainda teria arrastado o homem. Ele teria ficado com um pé preso no estribo, deixando um rastro de sangue em meio à vegetação.
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Perícia
Com o trabalho pericial, foram percebidos indícios de que a situação era diferente de casos semelhantes, envolvendo acidente com cavalos. Segundo o delegado à frente da Delegacia de Homicídios em Ituiutaba, Carlos Fernandes, o médico legista chegou a relatar que uma lesão encontrada na parte de trás do pescoço não seria provocada pelo choque da cabeça com uma pedra ou com o solo.
“Descobrimos que no dia da morte da vítima (16/5) aportou no Conselho Tutelar de Ituiutaba uma denúncia dando conta de que a vítima estaria abusando sexualmente de uma criança de 5 anos de idade. No mesmo dia também aportou uma denúncia na Polícia Militar do Meio Ambiente dando conta que a vítima estaria praticando caça e pesca predatória na região que reside”, disse o delegado.
Houve desconfiança das denúncias terem acontecido no mesmo dia da morte do homem. O Conselho Tutelar de Ituiutaba também investigou e descartou possível violência sexual ou abuso da criança.
Traição
A Polícia Civil descobriu que Raylon Carlos tinha um caso amoroso com a mãe da criança citada, e que o marido dela havia descoberto. Além disso, o casal passou os dias 14 e 15 de maio deste ano na casa da vítima. Houve quebra do sigilo telefônico do casal, que passou a ser tido como suspeito. Isso apontou que quem havia feito as falsas denúncias de abuso infantil teria sido o marido traído e pai da criança.
O mesmo homem teria estado na fazenda onde morava a vítima assassinada em seu veículo no dia do crime. Fato confirmado por testemunha. Apesar de ser próximo de Raylon, o suspeito não esteve no velório da vítima.
Já a mulher, que teria um caso com a vítima, no dia seguinte ao funeral foi à casa de Raylon com pretexto de apanhar ferramentas de seu marido. Só que as investigações afirmam que ela procurava pela machadinha usada para matar seu amante.
Durante monitoramento telefônico, os policiais civis perceberam que a investigada também se mostrava interessada com a destinação dos bens deixados pela vítima.
Presos
Durante o cumprimento de mandados na residência dos investigados, a machadinha foi apreendida. Os suspeitos foram detidos no mesmo imóvel. O marido foi encaminhado ao Presídio de Ituiutaba, enquanto a esposa foi levada para a Penitenciária de Uberlândia.
Durante monitoramento telefônico, os policiais civis perceberam que a investigada também se mostrava interessada com a destinação dos bens deixados pela vítima.
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