Investigação

Corpo de jovem rendido em carro de aplicativo é encontrado no Rio de Janeiro

O corpo de Matheus Costa da Silva foi reconhecido nessa terça-feira (23/8) por familiares. Agentes tentam descobrir a motivação do crime

Familiares dos quatro jovens desaparecidos há 12 dias após serem baleados por criminosos em um carro de aplicativo em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, tentam identificar, nesta quarta-feira (24/8), um segundo corpo encontrado no Rio Capenga — usado por milicianos para ocultar corpos. Ele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o crime. 

O corpo de Matheus Costa da Silva foi reconhecido ontem pela família por meio de uma tatuagem. A identidade do jovem também foi confirmada por meio da impressão digital. Seguem sem paradeiro: Douglas de Paula Pamplona, 22 anos; Adriel Andrade Bastos, 24 anos, e Jhonatan Alef Gomes, 28 anos.

“O que aconteceu com eles foi uma maldade, uma crueldade, uma covardia que a gente vê acontecendo todo dia no nosso estado e no nosso país. Pessoas estão tirando a vida dos outros por nada. E elas tiram a vida porque sabem que vão ter outra oportunidade. Os familiares que perdem e não têm mais isso”, disse Adilson Gomes, irmão de Jhonatan.

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O crime

Os jovens estão desaparecidos desde o dia 12 de agosto, depois de entrarem em um carro de aplicativo e seguirem para um shopping. O veículo foi cercado no bairro Valverde por homens armados e encapuzados. A policiais, o motorista do aplicativo disse em depoimento que os quatro jovens foram levados e amarrados.

Segundo as investigações, os milicianos Delson Lima Neto, conhecido como Delsinho e irmão do miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, e Renato Alves de Santana, o Fofo, teriam sido os responsáveis pela execução dos jovens.

Os agentes trabalham agora com duas possibilidades. A primeira é de que o grupo de jovens estaria vendendo drogas na área de atuação dos milicianos. Outra possibilidade é de que um deles teria feito uma compra de um parente do Delsinho, mas pagado com um cartão clonado. No entanto, as famílias das vítimas questionam ambas as linhas de investigação.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro