Em ritmo de funk, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou nessa segunda-feira (1/8) a coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022. A pesquisa é a maior operação censitária do mundo, e em 2022 deve passar por 89 milhões de endereços.
Com um vídeoclipe gravado na Cidade Administrativa de Minas Gerais, na região Norte de Belo Horizonte, e cantado pelo MC Neguinho Fatal, o IBGE explica a metodologia da pesquisa e o trabalho dos recenseadores. Esse ano, cerca de 215 milhões de pessoas devem ser contadas.
Atraso não influência resultados
O Censo 2022 acontece dois anos depois do previsto. Como manda a legislação, a pesquisa deve acontecer a cada 10 anos, no entanto, a edição de 2020 foi adiada devido a pandemia de Covid-19 e a de 2021 por questões orçamentárias.
Saiba Mais
Para o presidente do IBGE, Eduardo Rios-Neto, esse atraso não traz complicações para a pesquisa. “A principal questão técnica é a estimativa populacional, mas nada que um técnico competente não consiga ajustar. Isso não é 'sangria desatada’ não”, ele explica.
IBGE procura grupos que antes eram excluídos
Nesta edição o Censo traz pela primeira vez perguntas que incluem a população autista e quilombola.
No caso do autismo, a Lei 13.861 de 2019, exige a presença no questionário, o que permite a atualização de dados sobre essa parcela populacional. Já as comunidades quilombolas terão seus dados atualizados pela primeira vez.
Eduardo explica que sempre existe demanda para a inclusão de grupos, mas nem todas puderam ser atendidas.
“Algumas pela natureza da pesquisa. O Censo é domiciliar, nossa base metodológica é organizar a coleta da informação por meio da entrevista em domicílios, o que evita problemas técnicos. Territórios indígenas e quilombolas nos predefinidos antes do Censo e organizamos o espaço, agora alguns grupos não são compatíveis com a operação por não possuírem espaço fixo”, completa o presidente do IBGE.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Diogo Finelli.