Ao completar um mês desde o início da coleta dos dados, 58.291.842 pessoas já responderam ao questionário do Censo Demográfico 2022. Segundo o balanço divulgado, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já foram consultados 20.290.359 domicílios em todo o país. O Nordeste foi a região onde a coleta dos dados mais avançou, com 36,51%, seguido pelo Sudeste (35,51%), Sul (11,87%), Norte (9,44%) e Centro-Oeste (6,67%).
Considerando os setores censitários urbanos e rurais, 38,4% das áreas estão sendo trabalhadas. Além disso, 450.140 de indígenas (0,77%) e 386.750 quilombolas (0,66%) já responderam às perguntas. Segundo o IBGE, mesmo sendo um balanço parcial, esse é um número inédito, pois é a primeira vez que a investigação é realizada nessa parcela da população.
"A produtividade individual dos recenseadores está dentro do esperado. Os setores estão sendo trabalhados no tempo adequado e os sistemas de coleta, acompanhamento e transmissão estão funcionando bem, assim como os equipamentos", explicou o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.
O sistema de acompanhamento da coleta permite gerar, ainda, pirâmides etárias parciais. Até o momento, 47,8% da população recenseada eram homens e 52,2%, mulheres.
"Conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo mais avolumado, e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado. Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente. Não há indícios de que haja sub ou sobre-enumeração de alguma idade", destacou o gerente técnico do Censo.
Problemas
Um dos maiores desafios, desde o início da coleta dos dados, tem sido as recusas e ausências. Cerca de 2,3% dos domicílios se negaram a responder à pesquisa, que é obrigatória. O IBGE espera que esse percentual seja reduzido até o final do levantamento, depois de aplicados todos os protocolos que prevêem insistir em ouvir a pessoa. A maior parte dos questionários (99,7%) foi respondida de forma presencial, sendo que 34.055 domicílios optaram por responder pela internet e 30.202 pelo telefone.
O IBGE reiterou que toda a população é obrigada a responder a pesquisa e, caso haja recusa, pode haver multa. A Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, determina que a não prestação de informações ou a entrega de informações falsas pode gerar uma multa de até 10 vezes o maior salário mínimo vigente no país, caso a infração seja primária. Se for reincidente, pode chegar ao dobro desse valor. Após pagar a multa, o infrator ainda será obrigado a fornecer os dados no prazo definido. A lei também garante que as informações coletadas pelo Censo 2022 têm o total sigilo e serão usadas exclusivamente para fins estatísticos, não podendo servir de prova em processo administrativo, fiscal ou judicial.
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