Em comemoração ao Agosto Dourado — campanha nacional de amamentação —, o Correio Braziliense realizou webinário com o tema “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”. O webinário com especialistas foi transmitido no YouTube do jornal e contou com a participação da jornalista e empreendedora Bárbara Lins. A jornalista confessou ter muitas dúvidas e aproveitou o momento para perguntar sobre a bomba de leite e se o aparelho interfere em algo na produção do alimento.
Bárbara está grávida de 36 semanas e contou ter pesquisado bastante sobre o período de amamentação. “Tenho perguntado no pré-natal, usado esse momento para tirar dúvidas. A gente ouve muito a história de passar bucha no peito, e não tem nada disso de se arranhar ou puxar (o peito)”, explicou.
A empreendedora conta que todos têm dado pitaco sobre a gravidez, "até no mercado". Um funcionário chegou a aconselhar a futura mamãe a tomar cerveja preta durante a gestação e a amamentação. Lins compartilhou que tem feito cursos para poder "enfrentar essa fase”, mesmo que seu maior receio seja o de não ter leite suficiente para o bebê se alimentar.
“A gente escuta muitos relatos, de quando sai só o colostro e não sai leite. Será que vai ser o suficiente? Ou será que o bebê vai dormir bem pelo leite? Talvez não seja o suficiente?”, desabafou Bárbara.
Sobre a bomba de leite, a pediatra Juliana Sobral explicou que o aparelho, na verdade, pode auxiliar bastante a mãe, já que ordenhar com a mão é mais complicado. “A bomba pode ser uma grande ferramenta que ajuda a mãe, principalmente para a mãe que tem aquela produção excessiva de leite e precisa com frequência ficar ordenhando. A gente sabe que muitas mães não conseguem ordenhar com a mão, já que é cansativo e dói”, relatou a médica da Maternidade Brasília.
“Cada mulher tem sua anatomia da mama e sua realidade, principalmente quando a mãe volta a trabalhar e precisa ordenhar uma quantidade maior para deixar para o filho. A bomba pode ser uma grande aliada”, continuou a pediatra.
Bico invertido
Bárbara também perguntou sobre a polêmica do bico invertido e o medo de não conseguir amamentar caso tenha o peito de outro formato. Thais Sarinho, enfermeira e supervisora do banco de leite da Maternidade Brasília, explicou que isso é uma inverdade. “Hoje não tem mais isso, hoje qualquer mãe pode amamentar, com o bico invertido, bico obtuso, a forma que for o seu bico. Então, mesmo ele invertido, se o bebê consegue abocanhar a maior parte da aréola, ele vai conseguir fazer essa sucção que ele precisa”, esclareceu a enfermeira.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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