Varíola do macaco

Pedido de análise da vacina para a varíola do macaco é protocolado na Anvisa

A agência verificará se o imunizante está de acordo com as diretrizes regulatórias e se alguns quesitos estão compatíveis com as autoridades reguladoras estrangeiras (AREE)

Tainá Andrade
postado em 23/08/2022 20:01 / atualizado em 23/08/2022 20:09
Em um primeiro momento, a vacinação será focada em profissionais de saúde que tiverem contato direto com a varíola do macaco.  -  (crédito: Joe Raedle/AFP)
Em um primeiro momento, a vacinação será focada em profissionais de saúde que tiverem contato direto com a varíola do macaco. - (crédito: Joe Raedle/AFP)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) protocolou, nesta terça-feira (23/8), o pedido para a análise da vacina contra a varíola do macaco — com a dispensa do registro — que tem sido negociada entre o Ministério da Saúde e laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão, de acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é que cheguem ao todo três remessas totalizando 50 mil doses.

O embasamento para a análise será as diretrizes regulatórias estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa, a RDC nº 747. Serão verificados se características da vacina são compatíveis com autoridades reguladoras estrangeiras equivalentes à Anvisa (AREE).

Serão analisados quesitos como fabricante, concentração, forma farmacêutica, indicações, contraindicações, posologia, população alvo, via de administração e modo de uso. Essa etapa será feita pela Comissão Técnica da Emergência Monkeypox, criada pela agência, e só depois passará à diretoria colegiada. 

A quantidade de vacinas encomendadas não chega a ser o suficiente para uma campanha de imunização em massa, por isso já foi estabelecido pelo Ministério que o grupo prioritário será o de profissionais de saúde que tiverem contato direto com a varíola.

Por esse motivo, o ministro informou que os imunizantes “não irão controlar o surto” e que medicamentos contra a doença são, na verdade, “uma complementação à prevenção”. O fundamental, de acordo com ele, “é o repasse de informações corretas”.

O Brasil é atualmente o terceiro país com a maior quantidade de casos no mundo. São mais de três mil registros da doença em território nacional, com o epicentro ocorrendo em São Paulo. 

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