Esta semana o governo federal iniciou duas campanhas de vacinação infantil e pediu à população que leve as crianças e os adolescentes aos postos de saúde. A principal mobilização tem como objetivo vacinar crianças de até 5 anos contra a poliomielite. Além dela, há a campanha de multivacinação, que visa atualizar a caderneta vacinal dos menores de 15 anos contra várias doenças.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 95% das crianças contra a pólio até o dia 9 de setembro, sendo que essa já é uma tentativa de contornar as baixas taxas de imunização. Cerca de 40 mil postos de vacinação estarão abertos para aplicar as doses das 18 vacinas previstas pelo calendário nacional para esse público.
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Desigualdade
Segundo dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), em 2021 apenas 69,9% das crianças brasileiras foram vacinadas contra a poliomielite, sendo a taxa mais baixa já registrada.
A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994 concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Mesmo que o último caso brasileiro tenha ocorrido em 1989, a brecha vacinal preocupa o governo e especialistas, que mostram que o combate à doença ainda não acabou. A poliomielite ressurgiu em Israel e uma nova cepa foi registrada no Malaui, sudeste da África.
Vale destacar que é preciso se preocupar também com a desigualdade regional no Brasil. Dados do PNI mostram que, em 2021, o Norte teria apenas 59,4% das crianças vacinadas, enquanto a região Sul do país registrou 76,5% de imunizados.
Entre as vacinas disponíveis nos postos de vacinação estão doses contra hepatite, pneumonia, rotavírus, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, HPV, difteria, meningite, entre outras.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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