A Polícia Civil prendeu o cônsul Uwe Herbert Hahn, lotado no Consulado da Alemanha no Rio de Janeiro, neste sábado (6/8), por suspeita de ter assassinado o marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot.
Na noite de sexta-feira (5/8), uma equipe do 23º Batalhão da Polícia Militar (Leblon) foi acionada para verificar uma "ocorrência de mal súbito". Ao chegar no local, Walter Henri Maximilien Biot já estava sem vida. Uwe disse que ele havia caído e batido a cabeça.
No entanto, após análise do corpo no IML e a perícia da PCRJ no apartamento do casal, em Ipanema (RJ), foram constatados sinais de violência na vítima.
"A conclusão foi baseada na perícia técnica e a versão apresentada pelo cônsul de que a vítima se exasperou e caiu, ela está na contramão das conclusões do laudo pericial. Ele aponta diversas equimoses, inclusive na área do tórax, que seria compatível com pisadura. Lesões compatíveis com agressão por instrumento cilíndrico. O cadáver grita as circunstâncias de sua morte", informou ao G1 a delegada Camila Lourenço, da 14ª DP do Rio de Janeiro.
De acordo com a PCRJ, foi identificado também que a secretária do cônsul alemão limpou o apartamento após o crime. No IML, constatou-se diversas lesões no corpo do belga. Ele sofreu traumatismo craniano provocado por uma lesão na nuca e ainda tinha ferimentos nas nádegas, pernas, rosto, peito e barriga.
"Há vestígios de lesão espalhados por diversas partes do corpo. Na região anal, nas pernas. Na perícia local, diversas evidências reforçam que houve um homicídio, sim. O local estava em bastante desalinho, com fezes e sangue espalhados por todo local", disse a delegada Camila Lourenço ao G1.
Os dois estavam casados há mais de 20 anos.
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