O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) firmou dois acordos inéditos com agências da Organização das Nações Unidas (ONU) para o recenseamento de refugiados e imigrantes no Censo 2022.
O 13º censo demográfico teve início na última segunda-feira (1º/8).
As entrevistas do censo devem durar três meses, de agosto a outubro. Realizado pela última vez em 2010, o levantamento nacional é feito de 10 em 10 anos. As parcerias inéditas foram firmadas com a Organização Internacional para Migrações (OIM) e com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
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Roraima e Amazonas
O auxílio da ONU contará com pesquisas domiciliares e discussões acerca da análise dos resultados, sendo que o objetivo é o recenseamento dos imigrantes, principalmente venezuelanos que vivem fora do sistema oficial de abrigos.
Os acordos envolvem todo o país, mas o trabalho terá como foco principal Roraima e Amazonas, devido ao grande fluxo de imigrantes venezuelanos que entraram nos estados nos últimos anos.
Segundo o IBGE, os apoios do Acnur e da OIM permitirão a sensibilização dos refugiados e imigrantes quanto à importância de participar do censo. No Pará, a Agência da ONU para Refugiados já treinou os coordenadores do censo para uma abordagem diferenciada aos indígenas venezuelanos da etnia Warao.
Segundo o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), 21,9% dos refugiados no Brasil concentram-se em Roraima. O relatório de 2021 notificou que 22.856 deles são venezuelanos, o que abrange 78,5% do total no país hoje.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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