A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta-feira (27/7) a criação de um comitê técnico para tratar da emergência relacionada à varíola dos macacos. O comitê será destinado às áreas técnicas de pesquisa clínica, registro, boas práticas de fabricação, farmacovigilância e de terapias avançadas, para que atuem em processo colaborativo, inclusive com os profissionais de saúde e a comunidade científica.
“A atuação do Comitê permitirá ações coordenadas e céleres para salvaguardar a Saúde Pública, reunindo as melhores experiências disponíveis nas autoridades reguladoras, permitindo acelerar o desenvolvimento e as ações que envolvem pesquisas clínicas e autorização de medicamentos e vacinas”, disse em nota a agência reguladora.
A equipe técnica atuará com orientações sobre protocolos de ensaios clínicos e discutindo com os desenvolvedores orientações sobre medicamentos destinados a tratar, prevenir ou diagnosticar a doença causadora da emergência de saúde pública.
“O objetivo dessas orientações para desenvolvedores, incluindo acadêmicos, é permitir a rápida aprovação e condução de testes bem projetados, para que possam fornecer dados robustos necessários para permitir a tomada de decisões e evitar a duplicação de investigações”, declarou.
Em 23 de julho de 2022 a varíola do macaco foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Desde o início do recente surto, a Anvisa tem acompanhado a situação, inclusive com orientação de ações na área de portos, aeroportos e fronteira, emissão de notas técnicas para orientar os serviços de saúde e a doação de sangue.
Embora seja tipicamente mais suave do que a varíola convencional, a doença pode ser fatal. A transmissão para pessoas pode acontecer de vários animais selvagens, como roedores e primatas, mas também pode ser transmitida entre pessoas após contato direto ou indireto.